Canoas tem 424 casos de dengue, mais da metade são no Estância Velha com 225

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Devidamente identificados com seus coletes verdes e crachás, um grupo de agentes de Combate às Endemias vistoriou dezenas de residências do bairro Harmonia, nesta quarta-feira (28). O ponto de partida foi a rua Zumbi e se estendeu para outras vias paralelas, num raio de 150 metros. Ralos no pátio, piscinas, vasos de plantas e outros recipientes são identificados como possíveis criadouros para as larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.

O trabalho de Pesquisa Vetorial Especial (PVE) é feito tão logo haja confirmação de algum morador infectado pela dengue. “É uma estratégia de ação. Procuramos identificar os possíveis criadouros e outros casos de doença na localidade, além de realizar orientação em saúde e entrega de repelentes aos usuários suspeitos identificados, objetivando mitigar a transmissão do vírus no local”, explica o médico veterinário e técnico da Vigilância, Roger Halla.

A supervisora da Vigilância em Saúde, Denis Garcia Kenes, destaca que, ao contrário do que muitos pensam, a maior concentração de focos do mosquito não é encontrada em terrenos baldios, e sim nos pátios de domicílios. “Estamos enfrentando um dos piores momentos da dengue no país. Orientamos os moradores a manterem os cuidados com possíveis recipientes que possam acumular água depois das chuvas, por exemplo”.

A diarista Carilei Lima, 52 anos, moradora do Harmonia, diz procurar adotar todos os cuidados para proteger a família contra a dengue. “O pote do cachorro, troco a água todos os dias. Tenho cuidado com os vasinhos de planta também”, afirma.

Desde janeiro, quando a Secretaria de Saúde (SMS) emitiu Alerta Epidemiológico para a dengue em Canoas, o trabalho é intenso e conta com ações estratégicas de combate ao mosquito transmissor. Conforme boletim semanal desta semana, há 424 casos de dengue, sendo 419 autóctones (transmitidos dentro da cidade) e cinco importados. O bairro com a maioria dos registros segue sendo o Estância Velha, com 225 ocorrências, seguido pelo Guajuviras, com 66; o Nossa Senhora das Graças, com 30 casos, Niterói, com 23 casos, Olaria, com 16, Mathias Velho, com 15 e o Harmonia, com 14.

Após a Pesquisa Vetorial Especial, a Secretaria de Saúde realiza a aplicação de inseticida. As pulverizações são feitas visando minimizar a circulação do vírus na região. “Tenho acompanhado semanalmente todo esse trabalho de conscientização e fiscalização feito pelos agentes de combate às endemias, assim como as pulverizações para bloqueio vetorial. Pedimos o apoio de toda a população, adotando as medidas preventivas, para vencermos essa guerra contra a dengue”, enfatiza o secretário de Saúde, Jurandir Maciel.

Prevenção
Eliminar água parada dos pratinhos e vasos de plantas, manter caixas d’água tapadas, colocar tela nos ralos de água da chuva, secar pneus e protegê-los das intempéries e limpar calhas da residência. É necessário, também, escovar os potes (1x por semana) e trocar a água dos pets diariamente, manter piscinas limpas e com água tratada. Usar repelente para o corpo e de ambiente e telar portas e janelas das casas, fazem parte ainda das principais medidas de prevenção.

Denúncias de possíveis focos de dengue podem ser feitas pela Central de Atendimento ao Cidadão (CAC) pelos telefones: 08005101234 ou 3236-1079.

Sintomas
Os principais sintomas da dengue são febre alta, dores de cabeça, muscular e atrás dos olhos, náuseas e vômitos, manchas na pele e mal-estar geral. Ao perceber algum desses sinais, é necessário procurar uma unidade de saúde ou UPA. É fundamental ter um diagnóstico rápido para um tratamento oportuno, a fim de evitar o agravamento da doença.

Casos de Dengue confirmados em Canoas 2024:

424 casos de dengue, sendo 419 autóctones (transmitidos dentro da cidade) e 5 importados.

Segue a distribuição dos casos por bairro:
Estância Velha: 225
Guajuviras: 66 (autóctones) + 1 (importado)
Nossa Senhora das Graças: 30 (autóctone) e 1 (importado)
Niteroi: 23
Olaria: 16
Mathias Velho: 15
Harmonia: 14
Marechal Rondon: 6 autóctones e 1 (importado)
São José: 5 autóctones+ 1 (importado)
Rio Branco: 4
Mato Grande: 4
Igara: 4
Fátima: 4
Centro: 3 autóctones e 1 (importado)

Fonte: SinanWeb Dengue e setor de epidemiologia de Canoas (Dados atualizados dia 27/02, sujeito a alterações)

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