Eleições 2024 | Na selva da Aldeia, os retardatários tendem a sucumbir antes do final da campanha

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Queria começar o texto dizendo, sou um adepto do “Ócio Criativo”. Minha vida é pautada no trabalho, comecei com 14 anos, em 1978, no Jornal O Timoneiro e não parei mais. Sou daquele tipo, que “tô ligado” em tudo que possa observar. Quase não durmo, mas isso não quer dizer que não folgue, muito pelo contrário, como sempre fiz o que gosto de fazer, a minha vida é prazerosa e com liberdade para pensar, esse é o meu trabalho.

Pensar, analisar e comentar.

Dito isso, falo que um dos meus prazeres é ler, acordo diariamente com as galinhas e leio os grandes jornais do país, é trabalho, eu recebo proventos por isto. Mas, ao mesmo tempo, é um prazer, é o “Ócio Criativo” remunerado.  A hora que estou com a mente aberta, eu, a madrugada e a leitura.

Que momento, senhores!

Dentro de meu “Ócio Criativo”, existem outros três prazeres que não abro mão, o futebol, cozinhar e, principalmente, a política. Quem despertou minha consciência social e política foi meu mentor e guru, Antônio Canabarro Trois Filho (O Tonito), um homem muito à frente do seu tempo, morreu na humildade, por ver sempre o lado do ser humano primeiro em detrimento do seu. Meu mestre foi um grande pensador em vida e deixou seu nome na história de Canoas, me atrevo a definir como, Tonito, o justo!

 POLÍTICA DA ALDEIA

A leitura da madrugada que me chamou a atenção hoje foi “Na selva das Campanhas, retardatários morrem”, escrita pela colunista Bertha Makaakaroun do Estado de Minas, onde ela diz:

“Se esse tempo da política pudesse pusesse ser comparado a algum outro fenômeno da natureza, seria, talvez, a grande jornada dos gnus pelas terras selvagens do Parque Nacional Serengeti, na Tanzânia. A terra treme sob o impacto dos cascos da manada de 2 milhões de almas, rasgando pradarias em busca de pastos verdes da Reserva Nacional de Maasai Mara, no Quênia. Cruzam no território de leões, esbarram com leopardos, guepardos e hienas, que observam os retardatários, antes de isolá-los do bando e transformá-los em refeição. Quando a exausta manada sobrevivente alcança a encosta dos rios para o grande salto da travessia, encontra uma população de crocodilos. Esse é um tempo em que a política se assemelha à lei da selva. Os retardatários estão com seus dias contados”.

 OS RETARDATÁRIOS DA ALDEIA, IRÃO SOBREVIVER?

Na política selvagem de nossa Aldeia em Canoas, já existem vários retardatários, quase invisíveis aos olhos do eleitorado. Quem não se apresenta é engolido pelos predadores e cai no esquecimento, antes mesmo de se apresentar. A selvagem política de nossa Aldeia não é para amadores, quem pleiteia um cargo eletivo tem que ser um “gnu” ligado, ninguém vota em um desconhecido de última hora, pois a manada já passou e está quase chegando ao seu objetivo.

A corrida eleitoral em política começa muito antes do ano pleito, em Canoas não é diferente, os nomes já estão postos e o eleitor está vendo em quem votar. Podem até divergir, achar que o elemento surpresa de última hora irá surpreender, mas infelizmente não é assim que funciona. A campanha dura apenas três meses, mas as cartas já estão sendo jogadas quatro anos antes, quando o pleito anterior teve um vencedor.

Como diz a colunista: “na selva das campanhas, retardatários morrem”. Os velhos caudilhos já estão organizados e em plana campanha, enquanto o “gnu”, que se acha bonito, está perdendo tempo e à mercê dos predadores que habitam a selva política da Aldeia.

Os que já estão no rio, estão prontos para a última jornada, a travessia do vencedor é o resultado das urnas, aos outros restam apenas os crocodilos.

Se “alígera” aí atrasadinho, os predadores estão soltos e você é a presa.

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