Agentes de combate às endemias e soldados do Quinto Comando Aéreo Regional (V Comar), retomaram, desde a manhã de segunda-feira (1º), a ação de identificação e eliminação de focos do mosquito transmissor da dengue no bairro Estância Velha. Nas inspeções em cada terreno, moradores recebem informações sobre como evitar a proliferação do inseto, por meio de cuidados simples.
A varredura será realizada por tempo indeterminado, conforme necessidade apontada pelo monitoramento epidemiológico. Com situação de emergência em saúde pública decretada, Canoas vem somando esforços entre as diferentes secretarias e integrantes das instituições de saúde do município, através do Comitê Municipal de Enfrentamento das Arboviroses (doenças transmitidas pelo Aedes aegypti), para estancar novos focos.
Apoio da Força Aérea Brasileira
O apoio do V Comar à Secretaria de Saúde vem possibilitando a presença de mais braços no enfrentamento à epidemia de dengue. “A função primordial da Base em si, é o apoio à sociedade. Então, todo amparo que pudermos prestar, estaremos disponíveis. Afinal, é de grande relevância, principalmente em razão do aumento de casos da dengue, que a gente esteja prestando este auxílio à Secretaria”, enfatizou o 3º Sargento da Força Aérea Brasileira, Lucas Silva.
Por estarem em uma região com alta incidência da doença, moradores do bairro Estância Velha mostram receptividade à fiscalização de possíveis focos nos terrenos das residências. Na Rua São Joaquim, Mariliza Silva de Souza, que já teve familiares infectados, considera a varredura muito importante. “Retiramos dois pneus do pátio, secamos e guardamos dentro de casa para evitar que se tornassem criadouros”, conta sobre os cuidados que a família vem tomando.
Bem informada sobre a dengue e locais onde o Aedes aegypti se propaga, Ligia Azevedo tem plena consciência do momento que o município vem enfrentando e das ações de enfrentamento necessárias. “Este trabalho é muito importante para conscientização das pessoas sobre o seu pátio e o do vizinho. Não largar lixo em terrenos baldios. Isso ajuda muito, pois não adianta só eu cuidar do meu terreno e o vizinho não cuidar do seu”.
Na Rua Olavo Fernandes, a situação encontrada não é diferente de outros pontos do bairro. Xirlene de Farias Teixeira, o marido, o filho e a nora, já entraram para a estatística de casos de dengue no município. “Esta ação é muito importante para ajudar e orientar as pessoas que muitas vezes não sabem o que fazer”, destaca a moradora.
Veja a atualização do número de casos em Canoas:
– 1684 casos de dengue, sendo 1675 autóctones e 9 importados.
Distribuição por bairros:
– Estância Velha: 739
– Guajuviras: 314 (autóctones) + 2(importados)
– Olaria: 64
– Harmonia: 90
– Marechal Rondon: 21 autóctones e 2 (importados)
– Nossa Senhora das Graças: 137 (autóctone) e 1 (importado)
– São José: 15 autóctones+ 1 (importado)
– Centro: 12 autóctone e 1 (importado)
– Rio Branco: 34
– Mathias Velho: 94
– Niteroi: 78 autóctones e 2 importados
– Mato Grande: 19
– Igara: 42
– Fátima: 12
– São Luís: 4
Fonte: SinanWeb Dengue e setor de epidemiologia de Canoas (Dados atualizados dia 27/03)
Texto: Andréia Pires
Edição: Sibeli Fagundes