O 26 de abril é marcado como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Segundo os dados mais recentes da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2019, os estados com maiores prevalências de diagnóstico médico de pressão alta são Rio de Janeiro (28,1%), Minas Gerais (27,7%) e Rio Grande do Sul (26,6%).
Os dados foram levantados pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde.
O relatório mostra ainda um aumento na prevalência do indicador entre os homens, variando 5,9% para mais. De acordo com o cardiologista do Hospital Divina, da Rede de Saúde da Divina Providência, Cristian Rafael Sloczinski, a hipertensão é responsável por 80% dos AVCs e 60% dos infartos agudos do miocárdio no mundo.
O médico alerta que, somente no Brasil, ocorrem mais de 350 mil óbitos por causa cardiovascular todos os anos, e a hipertensão é a principal responsável por essas mortes. “Não bastasse o fato de aproximadamente 30% da população brasileira ser hipertensa, é uma doença em crescimento: nos últimos 10 anos tivemos um aumento de 15% no número de hipertensos no Brasil”, informa o cardiologista.
Além de causas hereditárias, a pressão alta tem relação com o estilo de vida. “Sobrepeso, sedentarismo, consumo excessivo de sal e estresse estão diretamente ligados a chance de desenvolvê-la”, explica Cristian. O cardiologista complementa que, na maioria das vezes, não há cura, mas a hipertensão arterial pode ser tratada, e o paciente pode ter uma vida normal.
“É importante manter o acompanhamento médico. O tratamento inclui medicamentos e modificações no estilo de vida, como reduzir peso, exercitar-se, parar de fumar, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas, reduzir o sal na dieta e evitar o estresse”, recomenda o profissional.