Médicos de hospitais de Canoas vão parar as atividades eletivas e admissão de novos pacientes

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Por falta de documentação oficial por parte da Prefeitura, os médicos do Hospital Universitário irão paralisar as atividades eletivas e admissão de novos pacientes. Caso ocorra a formalização da proposta, a Assembleia será novamente convocada a qualquer momento. A decisão foi agora e feita por unanimidade. A promessa de pagamento por parte da Prefeitura seria em 15 de fevereiro, mas os médicos querem uma data específica para o cumprimento dos proventos.

Conforme informações obtidas, a paralisação do HU, se houver, será bem pontual. A equipe técnica da casa de saúde está conversando com os médicos para que garantir que continuem sendo feitas as internações, especialmente as de emergências.

ENTENDA O CASO

Simers – Sindicato Médico do Rio Grande do Sul, diz que a medida ocorre após atraso no pagamento de médicos contratados pela prefeitura por meio de regime CNPJ para plantões e internações.

O atraso vem pelo menos desde outubro de 2024. De qualquer forma, a classe recebeu proposta da Prefeitura Municipal de canoas e estão analisando. Os profissionais em contrato de Pessoa Jurídica tiveram os pagamentos realizados somente em parte, referente ao mês de outubro, no Hospital Universitário.

Com a suspensão das internações no HU, irão ser mantidos os atendimentos aos pacientes já internados. Os serviços de obstetrícia e maternidade, contratados por regime CLT, não terão nenhum tipo de restrição de atendimento.

No Hospital de Pronto Socorro de Canoas — HPSC — até o momento nenhum salário desde outubro do ano passado foi pago. Marcelo Matias, presidente do Simers, explica que escalas de anestesistas, neurocirurgiões e cirurgiões plásticos estão incompletas no local pela ausência de pagamento. Com o ato, porém, “determinadas especializações, especialmente a anestesia, podem suspender totalmente o atendimento, e isso acaba interferindo em várias outras especialidades”.

“Existe uma falta, inclusive, de insumos extremamente importantes para o exercício profissional com segurança da medicina em ambos os hospitais”, ressalta o presidente do órgão. Na visão dele, essa falta também ocasiona risco para realização de atendimentos.

No HPSCmédicos querem a quebra de contrato entre as duas partes devido ao atraso. Matias ressalta que, historicamente, o município de Canoas já realizou esse atraso. “Isso também é fruto da pejotização que precarizou a relação entre médicos e hospitais, de forma que os médicos PJ são justamente os que têm atraso em pagamento”, complementa.

NOTA DA PREFEITURA MUNICIPAL DE CANOAS

A Prefeitura de Canoas informa que apresentou, na tarde desta sexta-feira (31), uma proposta de pagamento de valores atrasados para o corpo médico do Hospital Universitário e do Hospital de Pronto-Socorro.

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