Vereadores homenageiam Time de Cristo, campeão da Taça das Favelas RS 2025

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A Câmara Municipal de Canoas prestou, na noite desta terça-feira (9), uma homenagem ao Time de Cristo, equipe do bairro Guajuviras que conquistou o título da Taça das Favelas RS 2025, maior torneio de futebol entre comunidades do país. O reconhecimento foi proposto pelo vereador Leandrinho (PRD) por meio de requerimento aprovado para o Grande Expediente.

A conquista estadual, celebrada em um Estádio Passo D’Areia lotado, em Porto Alegre, marcou um feito inédito para a cidade. Após empatar em 1 a 1 com o Municipal de Montenegro no tempo regulamentar, o Time de Cristo garantiu a taça nos pênaltis, vencendo por 3 a 2. O destaque ficou por conta do goleiro Marcos, que brilhou com defesas decisivas nas cobranças. Além do reconhecimento esportivo, a equipe canoense foi premiada com R$ 10 mil em materiais esportivos e garantiu vaga na seleção gaúcha que disputará a fase nacional do torneio, prevista para ocorrer em São Paulo.

Leandrinho destacou o simbolismo da vitória. “Essa conquista não representa apenas a vitória em campo, mas também o símbolo de superação, união comunitária e esperança para tantos jovens que encontram no esporte um caminho de transformação social”, afirmou. “Esses meninos não ganharam só um jogo, eles venceram o abandono, a desigualdade, a falta de estrutura. E venceram com dignidade, com amor pelo que fazem e com o apoio de uma comunidade inteira”, destacou o vereador.

Durante a sessão, o plenário também ouviu falas de representantes da equipe técnica. Um dos coordenadores do projeto, Diego Barão, usou a tribuna para agradecer o apoio e relatar os bastidores da trajetória até o título. “Tinha menino que não tinha chuteira pra jogar. Um emprestava pro outro: jogava o primeiro tempo com a chuteira, depois passava pro colega jogar o segundo. E aquilo foi dando mais força pra gente”, contou. Barão reforçou o papel social do futebol nas comunidades periféricas e fez um apelo por mais apoio institucional: “A gente não precisa de dinheiro. A gente precisa ser visto, ser valorizado, só isso.”

Na mesma linha, Jorge Vasconcelos, também da comissão técnica, resumiu o sentimento coletivo: “O troféu pode envelhecer, mas a amizade que construímos juntos, essa ninguém tira da gente.”

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