Hoje é dia de relembrar mais um Encontro da Liberdade, foi o décimo terceiro, do grupo Mais Zum. São cidadãos de Canoas, a maioria nascida a partir dos anos 60, mas que viveram seu auge de amizade nos anos 80 e 90.

Uma geração de amigos com mais de 50 anos de convivência, vivemos os anos dourados de tantas coisas que poderia passar o dia escrevendo sobre nossas aventuras, mas são os nossos segredos e que mantém viva uma grande amizade.

Somos uma geração que Da Vinci criou: o seu “eu” ideal, quando pintou Mona Lisa, somos fenômenos culturais (nem tanto mestre).  Leonardo, o Da Vince, era um narcisista sutil, talvez até inconsciente, e retratou isso em sua grande obra. Não é a Mona Lisa o tema central e sim o sorriso enigmático para, o que imagino, seja um espelho. Alguns dizem que o rosto de Mona Lisa não pertencia à modelo Lisa Gherardini, mas uma recuperação de memória do sorriso da mãe biológica de Da Vinci, Caterin, de quem foi separado muito cedo. Esse sorriso está em outras obras, como “A Virgem”, “O menino” e “Santa Ana”.

IMPORTANTE | Estamos vivendo “A era da Selfie”, como uma sala de espelhos infinitos, quase que especificamente para serem fotografadas e postadas. Então vamos ao retrato.

Mas já viajei demais no texto, o tema é o 13º Encontro da Liberdade, e é isso que nos permite viajar sem sair do lugar.

Viva a liberdade de pensar e dizer o que quiser, inclusive falar da arte contemporânea em meio de um texto sobre um encontro. Mas a arte da vida mudou o foco da “janela para o mundo” (como a Mona Lisa) para o “espelho do eu”.

O encontro, para mim, foi exatamente isso, olhar para meus espelhos. E por favor, não me entendam mal, mas cada imagem de meus espelhos era diferente, umas me transmitiam alegrias, outras nem tanto. É exatamente nisso que está o foco de um encontro, a verdade vista nos olhos de quem tem coragem de olhar para seus iguais como um espelho.

Obrigado a todos, foi mais uma noite memorável, um Feliz Natal e um 2026 com saúde e prosperidade.