Comecei em 1986. Muito tempo e histórias para contar.
Educação muda como a história. Quem é profissional em educação ou muda como o tempo ou abandona a profissão. Não há lugar para estagnação quem respira educação.
Que profissional consegue trabalhar em uma sala de aula do século XXI trazendo uma bagagem de 30 anos atrás? Os conflitos serão inevitáveis. É preciso ter asas para alcançar o mais longe possível. Independe do tempo e espaço, depende exclusivamente da vontade de ser melhor.
Nestes 33 anos de profissão a batida perfeita foi a pouca valorização
Não consigo entender o que é valorização para quem dirige a educação. São metas diferentes cujo peso menor é o nosso. Sempre há algo mais importante a ser feito. Já percebeu? Mas quem educa, vive de tropeços e tropeços que fazem crescer.
Amelia Hanze define bem o papel do profissional em educação:
“Devemos ter em mente que os professores exercem um papel insubstituível no processo da transformação social. A formação identitária do professor abrange o profissional, pois a docência vai mais além do que somente dar aulas, constituiu fundamentalmente a sua atuação profissional, na prática social. A formação dos educadores não se baseia apenas na racionalidade técnica, como apenas executores de decisões alheias, mas, cidadãos com competência e habilidade na capacidade de decidir, produzindo novos conhecimentos para a teoria e prática de ensinar.”
Não há como não perceber que temos uma profissão cheia de altos e baixos, isso não mudará nunca, faz parte da essência do educador. Saber reconhecer esses momentos é que o fazem digno de exercer a função.
Falando em exercer, fica aqui alguns bons motivos para ser professor:
• Possibilidade de marcar vida dos alunos
• Nenhum outro profissional tem papel tão imprescindível para mudar o mundo
• Profissional tem recompensa ao ensinar e aprender constantemente
• Não existe uma rotina fixa
• Possibilidade constante de fazer amizades novas
O restante a ser executado pelo profissional em educação é dentro do campo político. É preciso consciência política de que as reformas só existirão com ação plena do profissional em conjunto.
Se assim for, estaremos no caminho da realização profissional.