A inadimplência das empresas no Brasil tem atingido níveis assustadores, especialmente após a pandemia, afetando a saúde financeira dos negócios e gerando fechamento e desemprego. No Rio Grande do Sul, acompanhamos com tristeza empresas recém-criadas e também as tradicionais que estão encerrando suas atividades. Conforme tem sido amplamente divulgado na mídia, a soma de empresas gaúchas inadimplentes está batendo recorde. Dados da Serasa Experian dão conta que são R$ 9,794 bilhões de dívidas, o maior valor já identificado na pesquisa. O levantamento também aponta que há 384 mil empresas com contas atrasadas. Trata-se de uma reação em cadeia, que começa com a inadimplência dos próprios consumidores, que também sofrem os efeitos da crise no país.
É importante distinguir inadimplência de endividamento: enquanto a primeira ocorre quando a dívida não é paga, o endividamento engloba qualquer conta em dívida, incluindo parcelamentos. Para superar os desafios econômicos, é fundamental que o governo adote medidas que promovam estabilidade e confiança no mercado. A falta de clareza e previsibilidade nas políticas governamentais gera cautela por parte das empresas, levando à redução de investimentos e atividades. Além disso, as empresas devem buscar estratégias sólidas de gestão e adaptação ao mercado.
A crise financeira enfrentada pelos empresários no Brasil, incluindo o Rio Grande do Sul, é um problema que demanda ações imediatas. O peso da manutenção da taxa de juro em nível elevado, a incerteza em relação ao avanço de pautas do governo e o endividamento e inadimplência alta são pontos que travam a economia. Somente com esforços conjuntos será possível enfrentar essa crise e promover um ambiente favorável ao crescimento econômico e à geração de empregos. Embora o caminho seja desafiador, é possível enfrentar os problemas econômicos e restaurar a saúde financeira das empresas brasileiras.