Hospitais de Canoas serão vistoriados por uma frente estadual de entidades

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A crise que assola a saúde de Canoas irá passar por vistoria das maiores autoridades no Estado.

O Simers – Sindicato Médico do Rio Grande do Sul – solicitou ao Conselho Regional de Medicina (Cremers) uma vistoria no Hospital Universitário (HU), o Hospital de Pronto-Socorro de Canoas (HPSC) e o Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade de Canoas.

Os problemas na saúde, que já vem de anos, começam a chamar a atenção das principais entidades do RS. Em uma decisão tomada na segunda-feira (16) pela Frente Estadual em Defesa da Saúde de Canoas, formada pelo Simers no início deste mês, e confirmada pelo Cremers na terça-feira (17). A saúde dos hospitais, passarão por vistoria. Ela será coordenada pelo Departamento de Fiscalização do Cremers, a ideia é realizar uma minuciosa radiografia da real situação do HU, mapear os problemas para encontrar soluções junto com a gestão municipal, e com isso de garantir o melhor atendimento da população.

Além do Cremers, outras entidades fazem parte da frente estadual, a Associação dos Médicos do Estado (Amrigs), Associação Médica de Canoas (Somedica), Ministério Público Estadual (MP-RS) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS).

Em reunião, o diretor-geral do Simers, Fernando Uberti, disse: “É preciso fazer um diagnóstico da situação nestes três hospitais e propor soluções no curto, médio e longo prazos”.

Os hospitais da cidade, principalmente, o HU, são referência para a saúde de 157 municípios gaúchos. De acordo com a comissão, “a saúde de Canoas, como um todo, passa por um momento bastante delicado. Temos relatos de profissionais que atuam nos hospitais da cidade e lidam com cancelamentos de cirurgias, pedido de desligamento em razão de estresse elevado causado pelo ambiente de trabalho, onde faltam medicamentos básicos e equipamentos para trabalhar”. Em entrevista no Jornal do Almoço da RBS TV, os representantes do Simers sugeriram para o Município perder a gestão plena do HU e repassar para o Estado do RS.

Entre as instituições que devem passar por vistoria, o caso mais grave é o do Hospital Universitário de Canoas, que lida com problemas há, pelo menos, quatro anos. Em 2019, investigações afastaram o Grupo de Apoio a Medicina Preventiva e a Saúde Pública (Gamp), entidade que geria a instituição. Depois, a Faculdade de Tecnologia Alto Médio São Francisco (Funam), que assumiu emergencialmente, também foi afastada. Então, a prefeitura de Canoas assumiu a administração da entidade em 2022, mas os problemas persistiram. Equipamentos estragados e filas de espera para procedimentos de baixa complexidade fazem parte do cenário.

Neste mês, o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, anunciou 10 medidas de um plano emergencial para conter a crise no HU. Um dos primeiros passos foi a antecipação do duodécimo feita pela Câmara de Vereadores da cidade. Foram R$ 2,7 milhões devolvidos pelo Legislativo à prefeitura. Segundo anúncio do prefeito, a verba serviria para colocar em dia os pagamentos dos médicos, principalmente, daqueles que atuam no regime de pessoa jurídica (PJ).

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 Fonte de Pesquisa Zero Hora

 

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