3h10min, dia 14 de novembro, amanhã teremos mais um feriado…

… um motoqueiro caiu em um buraco da rua, talvez não tenha percebido que a poça era um aviso. A chuva não dá trégua, as pessoas reclamam, mas continuam jogando seu lixo no lugar errado e os descartes irregulares se proliferam pela Aldeia, ninguém vê, é como enxugar gelo.

Mas, amanhã será mais um feriado.

As filas aumentam nas casas de saúde, com esse tempo as crianças adoecem e no dia alfabetização não poderão ir para a escola. Os recursos são escassos, a briga política é uma das causadoras de nossa catástrofe urbana. Existem os que não fazem e os que torcem para que dê errado, no cabo de guerra da burrice política quem sofre é a população desassistida.

Mas, amanhã será mais um feriado.

Em uma terra de lixo na rua e muita chuva, vejo baratas tontas de tanto lixo consumido tentando dominar o mundo. Estão tão tontas com o regozijo da fartura da podridão que nem conseguem mais se organizar, são consumidoras vorazes do lixo urbano de ideias.

Mas, amanhã será mais um feriado.

Estamos em tempos de laranja de amostra, os edis começaram a sair de sua hibernação legislativa. Tem vereador de todo o tipo, o que começou a aparecer nos bailes da terceira idade, o que posa em frente de postes removidos do meio da rua, que abraça o cão caramelo e diz que foi o construtor de perimetrais e, tem também, até o “Top Gun”, quase um Tom Cruise em sua máquina voadora. Os caras são uns artistas, trabalhar mesmo em prol da população, fazer leis, aprovar e fiscalizar muito poucos fazem. Mas agora estão em campo, é tempo de arrecadar fundos para o pleito que se aproxima e essa busca pelo vil metal não respeita o bolso de ninguém. Portando, fique esperto, é época de “rachadinhas” em paredes, se é que me entendem.

Mas, amanhã será mais um feriado.

Em uma cidade que se espera sempre pelo pior.  Os que já foram, hoje não estão e estão em guerra com os que voltaram. Na rodoviária do Paço Municipal, é tempo de expectativas, por algo que, hoje, não irá acontecer. Amanhã é a Proclamação de República das guerrilhas internas, políticos acuados, políticos que maquinam, políticos perdidos sem saber para onde ir.

E nós, quem poderá nos salvar?

Difícil saber, na volta dos que nunca saíram, é o mesmo dos mesmos. A palavra que sobressai é a do “interesse”. Políticos maiores usam os peões e maquinam em derrubar bispos, reis e rainhas. Sonham em subir nas torres com seus cavalos e triunfantes. Aos peões, cabem as migalhas jogadas pelas “rachadinhas das paredes”.

Me desculpem leitores, isso que dá acordar cedo, começamos a escrever bobagens, mas, ainda bem, que amanhã será mais um feriado.