Na sessão desta terça-feira, 19, a Câmara de Canoas realizou um Grande Expediente e recebeu representantes da Comunidade Judaica, que trouxeram a discussão sobre o conflito entre Israel e a Palestina. A explanação foi proposta pelos vereadores Duarte (Republicanos), Airton Souza (MDB), Juarez Hoy (PTB) e Abmael Almeida de Oliveira (Solidariedade).
O vereador Duarte, dos Republicanos, saudou os presentes na sessão da Câmara de Canoas, destacando a presença do cônsul Rafael e reconhecendo a importância histórica de receber um diplomata na Casa. Ele cumprimentou diversas personalidades e agradeceu a presença diversificada, ressaltando a democracia da Câmara ao receber representantes tanto da comunidade Palestina quanto de Israel. Duarte enfatizou a relevância do tema antissemitismo e convidou todos a refletirem sobre o preconceito.
O discurso de Márcio Chachamovich, presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul, abordou o massacre ocorrido em Israel em 7 de outubro. Ele condenou as ações do grupo Hamas, destacando a crueldade e os objetivos dessa organização. Chachamovich ressaltou a necessidade de não apoiar o terrorismo, esclareceu a diferença entre a causa Palestina e o grupo terrorista Hamas, e expressou solidariedade às vítimas. Além disso, ele enfatizou a importância de repudiar qualquer ato terrorista e destacou o papel do Brasil como exemplo de convivência pacífica entre os povos.
Rafael Erdreich, Cônsul Geral de Israel no Brasil, iniciou sua fala abordando a complexidade do contexto e a necessidade de compreender as nuances do terrorismo, especialmente no que diz respeito à ação do Hamas. Ele ressaltou a data de 7 de outubro como o início de uma série de eventos marcantes, destacando a tragédia resultante do ataque, que vitimou mais de 1,2 mil pessoas. O Cônsul detalhou a atuação do Hamas e explicou a ideologia que fundamenta a organização. Ele destacou a utilização de mísseis antitanques e armamentos, bem como a presença de túneis e estruturas militares financiadas com recursos que poderiam ser direcionados para o desenvolvimento da Faixa de Gaza. Erdreich concluiu ressaltando a importância de verificar as fontes de informação e encorajou a audiência a questionar as narrativas que circulam, promovendo um entendimento mais amplo do conflito e suas complexidades.