A arte de ser um prego noticioso

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Acordei de manhã pensativo, como levo porrada! Devo ser um prego levando martelada. Ainda ontem escrevi uma matéria dando a posição do executivo  sobre telemedicina. E como prego (ops… jornalista) apenas li e transcrevi.

O prego já foi martelado por todos os lados, mas prego que se destaca leva martelada mesmo. Já fui martelado muitas vezes, que burro sou eu. Escolhi se prego para dar alicerce a notícia e ao bem informar.

A ação do martelo no prego é a de bater sempre, aliás, a função do martelo é essa, é a de bater.

Então seria mais fácil ser “Eu Martelo”, mas não, resolvi ser prego e vou levando minhas bordoadas.  A notícia vai continuar acontecendo, hora agradando um lado e desagradando outro.

A você martelador, faça-se notícia e continue a martelar, o Limoeiro não veio para agradar, muito antes pelo contrário, veio prego e pronto para ser martelado, mas não esqueça quanto mais é martelado, mais vai ficando encravado na madeira de informação.

Alguém gostaria de ser prego?

Em uma primeira análise eu jamais pensaria em ser o prego, o melhor seria ser martelo, é claro. É o prego quem sofre as consequências das marteladas e aguenta. Pois a cada pancada ele se torna mais forte e, à medida que vai penetrando, se torna a sustentação do que passa a fazer parte.

É se tornando parte que o prego agrega forças e descobre que, só ele não tem função. Mas, no momento em que as pancadas o fazem a parte de um todo, ele se torna útil e forte.

O Jornalismo é assim mesmo – depois de muitas pancadas é preciso ser um prego e se deixar fazer parte de um todo, pois sós não temos a força suficiente para caminharmos, e acabamos por sucumbir.

Não sei exatamente porque razão essa analogia me veio à mente, mas me serviu de lição mais uma vez. E também me ensinou a sempre ver os dois lados da moeda, antes de vir a julgar alguém, ou pelo aprender a ler e ver quem está assinando a matéria.

Tenho o direito de julgar apenas uma pessoa – a mim mesmo e até nisso sou falho às vezes, pois sempre tenho a tendência de ser meu próprio advogado de defesa e querer me inocentar de meus erros.

Então, só pelo dia de hoje, resolvi ser o prego. Pois ele pode ser à base de sustentação de nossos sonhos.

 

DO MIMEÓGRAFO AO NOTÍCIAS DA ALDEIA

Em 1978, cheguei de Uruguaiana para ser o entregador de jornais do jornal O Timoneiro, o endereço era na Rua Gonçalves Dias com a Victor Barreto. Aprendi logo e passei a montar as edições do OT em linotipo, mimeógrafo, fotocópia, fotomecânica, fotolitos, entre outros experimentos. Já na Folha de Canoas veio a inovação da computação gráfica, mas antes fizemos jornais nas máquinas de escrever eletrônicas, vivíamos entre esferas e margaridas, tínhamos que cuidar para a cola não apagar a impressão das tiras de papel impressas para montagem das páginas.

Aí, sim, veio a grande a mudança, a computação gráfica, tudo ficou mais fácil, difícil foi o diagramador evoluir, o tal de Marco era um cabeça de concreto de primeira linha. Mas evoluímos, não muito, mas chegamos ao jornal online e passamos a agilidade da informação. Esse é um pequeno resumo, de como um prego bem martelado pode penetrar e firmar-se em sua comunidade. Pois a cada martelada, uma notícia, e assim vamos informando a população e evoluindo junto com ela.

 

 

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