Sou um amante da sétima arte, o cinema.
A Ponte do Rio Kwai, um filme que vi repetidas vezes, acho que é de 1957, mas por anos foi repetido nos cinemas e principalmente nos anos 70, com o advento da televisão e suas eternas sessões da tarde. Para quem não é desse tempo relembrarei um pouco, durante a Segunda Guerra Mundial, os prisioneiros, todos britânicos, recebem o encargo dos japoneses de construir em plena selva uma ponte de transporte ferroviário sobre o rio Kwai, na Tailândia. O coronel Nicholson um é o oficial britânico que procura uma forma de elevar o moral de seus homens. Vê a ponte como uma forma de consegui-lo, tendo-os ocupados na construção e fazendo-os sentirem-se orgulhosos da obra. Por sua vez, o major americano Shears, prisioneiro no mesmo campo, só pensa em fugir. Ao final, ele o consegue e, contra a sua vontade, volta algumas semanas depois, guiando um comando inglês, cuja missão é destruir a ponte no instante em que passasse o primeiro trem, para anular a rota de transporte de armas dos japoneses, que pretendiam utilizá-la para invadir a Índia.
Embora o filme possa oferecer reflexões sobre a política em geral, ele não é necessariamente relacionado com a política atual. No entanto, pode-se explorar algumas possíveis conexões entre o filme e a política moderna.
Podemos pensar que o filme se concentra na construção de uma ponte, vital para o desenvolvimento da região. Isso pode ser relacionado com questões políticas atuais relacionadas à infraestrutura e desenvolvimento de nossa cidade, mas que não acontece, muito pelo contrário, a ideia de investimento em infraestrutura não ocupa a mente de nossos políticos, muito menos o bem-estar da população.
Deveríamos estar criando uma cooperação entre diferentes grupos para construir a ponte. Esse aspecto pode ser relacionado com a nossa política atual, onde a diplomacia e a busca de soluções conjuntas deveriam ser a tônica dos senhores do poder, mais uma vez, não é isso que acontece.
Vivemos em uma cidade onde temos um estadista sitiado em seu forte, ele não pode sair por mais de 24 horas. Imaginem? A caneta na mão de seu inimigo íntimo. Que problema, faltou capacidade política para resolver isso, diria Temer. O levante do Sucedâneo e seus legionários está à espreita, não tem como se descuidar das trincheiras. É preciso estar atento e vigilante, boatos de queda são quase que diários. Na guerra da ponte, o que menos se vê são escrúpulos. Até verbas, que chegam, são motivos para os canhões soarem e fazer barulho para assustar a população.
No filme estão muito bem fundamentadas às questões de liderança política, mostrando a importância de líderes capazes e comprometidos com o bem-estar da sociedade. Esse tema pode ser relacionado com a política atual, onde a qualidade dos líderes políticos e suas decisões têm um impacto significativo na sociedade em que comandam. Infelizmente, estamos em uma realidade da política de egos e de pouquíssima preocupação com soluções, políticos acuados e em guerras, e uma cidade que, como seu avião, está aposentado no INSS. A história é linda e contagiante, uma trama digna de Oscar.
O AFASTAMENTO DO PREFEITO
Diante dos boatos e meias verdades, vamos tentar relatar como estão as coisas no processo do TRF4. De concreto mesmo temos a seguinte situação, o resto corre em segredo de justiça e ninguém pode prever o resultado.
O último pedido do Ministério Público Estadual era de Jairo Jorge continuar afastado. Não foi recepcionado, e ele já está governando faz quatro meses. Por fim, o Ministério Público Federal não acatou o pedido, dando continuidade do governo que havia retornado. Agora a 7ª turma deverá primeiro decidir se o processo é federal e na sequência dar continuidade ao julgamento das ações.
Vale lembrar, que esse desembargador relator é o mesmo que efetuou a sentença que absolveu Jairo Jorge no caso do HPSC. Ele havia sido condenado na primeira instância, sendo absolvido quando recorreu. Dizem que o juiz e muito técnico e criterioso.
De fato, o risco real de Jairo ser afastado novamente foi em março, desde lá, quatro meses já se passaram. Na época o desembargador poderia ter renovado o pedido de afastamento, o que não ocorreu, nesse meio tempo o processo foi federalizado e agora temos que aguardar os trâmites. Pois, na verdade, ninguém tem certeza de nada.
E A PONTE?
Certa feita um amigo me disse, “que ele tentava construir ponte e eu dinamitava”, muito parecido com A Ponte do Rio Kwai, muitos até contra vontade querem derrubar as pontes. Estamos em meio de uma guerra sem propósito, sem razões, a guerra é pelo poder e não pela sociedade. Simples assim, como já falei anteriormente, o elemento principal é o “ego” e não uma solução para a ponte e rio de sofrimento que vive a população de Canoas.
Bom, verei agora Os Canhões de Navarone, pois se é para pecar, que Gregory Peck!