Aedes aegypti | Um inimigo (in)visível

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*Luis Afonso B. Cabral

A dengue é uma doença viral transmitida, principalmente, pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado. É uma preocupação global de saúde pública, especialmente em regiões tropicais e subtropicais onde o mosquito prospera.

Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e incluem febre alta, dores musculares e articulares, dor de cabeça, erupções cutâneas e, em casos mais graves, sangramento, choque, até mesmo morte. Infelizmente, não há tratamento específico para a dengue e os cuidados são geralmente focados no alívio dos sintomas, hidratação adequada em grande escala e repouso.

Prevenir a dengue é fundamental e pode ser alcançado por meio de medidas simples, como a eliminação de recipientes que possam acumular água parada, onde os mosquitos depositam seus ovos. Manter recipientes de água cobertos, usar repelentes de mosquitos, telas em janelas e portas, evitar acúmulo de lixo, restos de obra e piscinas sempre limpas.

Essas ações precisam ser feitas o ano todo, o gestor público precisa preparar a comunidade todos os dias, o ano inteiro.

Programas de controle de vetores, educação pública e vigilância epidemiológica desempenham um papel crucial na luta contra o mosquito. A conscientização da população sobre os sintomas da doença e a importância da prevenção também são essenciais. A escola talvez exerça um papel fundamental nesse elo, com simples ações ambientais, já mencionadas, com educação em sala de aula, teremos uma regressão da dengue, afinal, o mosquito está onde tem condições ideias de procriação, eliminando esses focos, aonde irá se reproduzir?

Mas o que mais chama atenção nesse momento de explosão, é a sobrecarga do serviço de saúde, pois com a explosão de casos, associados a outras doenças, o sistema começa, ou já está, entrar em colapso.

Existem bebedouros em todos os lugares para oferecer água em abundância para os pacientes?

Onde está a atenção básica?

Que é parte importante nessa cadeia para fazer sua parte, e ajudar UPAS e Hospitais nessa batalha.

Enquanto não existir união, do primário, secundário e terciário na saúde pública, o elástico do puxa e estica, estiver em funcionamento, a população sofre, pessoas adoecem.

O fim, trágico, sempre será a morte de alguém.

Acabamos de sair de uma pandemia mundial, que assolou e ceifou muitas vidas, e às vezes, parece, que não aprendemos nada ou que estamos anestesiados, ou até mesmo combatendo o in(visível).

A cidade do avião, que tanto nos orgulha dos voos nos céus, vê hoje outros voos, mais diurnos que noturnos. O mosquito da dengue, não pergunta onde pode pousar, ele só precisar sugar o sangue contaminado de um e passar para outro, pronto, o caos está instalado.

*Enfermeiro e Nutricionista | Mestre em promoção da Saúde, Desenvolvimento Humano e Sociedade |  Gestor Público da Saúde

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