Treinamento é feito em simulador virtual; corporação de Canoas é a única a possuir o equipamento no RS
Agentes da Guarda Municipal de Canoas participam nesta semana, de uma qualificação sobre decisão de tiro. A atividade faz parte do Estágio de Qualificação Profissional Obrigatório Anual e é exigida por lei. “Por imposição legislativa, as guardas municipais têm que fazer o mínimo de 80 horas de requalificação profissional todos os anos. São trabalhadas disciplinas como primeiros socorros, legislação, técnicas de abordagem, direitos humanos, armamento e tiro, entre outras. Além de habilitações nas mais diversas áreas em que a corporação atua”, explica o responsável pela unidade de ensino da guarda canoense, Lisandro Carvalho. “O ano que foi oportunizado para as equipes menos horas, foram 331”, completa.
Parte do treinamento é feito no estande de tiro virtual, um simulador virtual, localizado na sede da Secretaria de Segurança Pública. A Guarda de Canoas, conforme Carvalho, é a única do RS a possuir o equipamento. “Neste ambiente, trabalhamos com armamento com manejo em seco, munições que não têm capacidade de disparo. No estande virtual, os agentes têm a oportunidade de realizar disparos que são marcados na tela e de interagir com pessoas que também estão atirando contra eles”, explica Carvalho. Durante o treinamento, os agentes usam armas idênticas às utilizadas nas ruas, como pistolas, carabinas, espingardas calibre .12 e sparks (armas de choque).
“Entre várias outras competências, nesta disciplina a gente trabalha a decisão de tiro do operador, pois sempre quem vai decidir implementar ou não o disparo na ação é o profissional que está ali naquela situação”, comenta Carvalho.
“O treinamento trata questões tanto técnicas, como o manuseio do equipamento, mas principalmente competências psicológicas como identificar a necessidade ou não de implementação de tiro. O tiro é o último recurso de qualquer operador de segurança pública e privada. Mas tem vários passos que antecedem esta necessidade. A decisão de quais passo utilizar e de decidir ou não pelo tiro é o que a gente trabalha nesta oficina”, completa. O instrutor destaca, também, que após o treinamento virtual, os agentes passam por uma outra etapa da qualificação, em estande de tiro real.

















