Os estudantes da EMEF Ministro Rubem Ludwig, do bairro Mathias Velho, em Canoas, tiveram um dia dedicado à Consciência Negra nesta terça-feira (26). Enquanto, na sala de aula, crianças das séries iniciais participavam de um bate-papo sobre racismo no esporte, sob a quadra coberta, trabalhos de diferentes turmas eram expostos às crianças e adolescentes. O escritor e historiador Marcelo Cortes, de Porto Alegre, conversou sobre racismo e cultura.
Autor dos livros Do morro à África, O espetáculo do circo dos horrores no Brasil e Teoria da História & Piotr Kropotkin, Cortes é doutorando em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Vocês [estudantes] precisam começar a se antenar já nessa idade, prestar atenção no que os professores dizem para ajudá-los a formar uma boa cabeça e enfrentar os preconceitos, como o racismo e as diferenças sociais”, afirmou.
Entre os organizadores do evento, a professora de Geografia Renata Ferreira da Silveira explicou que os estudantes dos diferentes anos desenvolveram atividades em sala de aula. O resultado foi exposto em classes, murais e nas colunas e rede da quadra coberta. “São trabalhos de Língua Portuguesa, Artes e Geografia, por exemplo, que destacam questões da África, apresentando uma visão positiva do continente”, acrescentou. No local, o público pôde conferir desenhos, pinturas e pesquisas.
A aluna do oitavo ano Yasmin dos Santos Silveira, 16 anos, junto com colegas, apresentou a África Central. “Falamos da cultura africana, do esporte e também da religião Umbanda, com destaque para a orixá Iemanjá”, contou. Os estudantes chegaram a simular uma agência de turismo, promovendo destinos do continente africano. A Associação da Horta Comunitária União dos Operários apoiou a ação. As esculturas de João Máximo também estavam à mostra na escola.
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