A Câmara Municipal de Canoas realizou, na tarde desta segunda-feira (28), uma audiência pública para debater questões relacionadas ao empreendimento Mirantes do Parque. Proposta pelo vereador Duarte (Republicanos), a audiência teve como objetivo discutir problemas envolvendo o direito dos consumidores e a saúde pública, além de buscar soluções para as famílias que aguardam a entrega de seus imóveis.
Participaram do encontro representantes do PROCON Canoas, da Secretaria Municipal da Saúde, da Prefeitura, da comissão e da associação de moradores do Mirantes do Parque, síndicos do Life Park, moradores da vizinhança, além de representantes da antiga e da atual proprietária do empreendimento — NexGroup e BFabbriani, respectivamente. A audiência também contou com cobertura da imprensa estadual, como a TV Pampa e a TV Record.
Dividida em dois blocos, a audiência abordou inicialmente os impactos à saúde pública, com foco no acúmulo de água parada no terreno e os riscos de proliferação do mosquito da dengue. A Secretaria da Saúde reforçou que, desde o início, tem notificado as empresas responsáveis e monitorado a situação. Representantes da BFabbriani informaram que contrataram uma empresa terceirizada (JM) para realizar a limpeza do entorno e reparos no local.
No segundo bloco, foram discutidas as consequências do não cumprimento dos prazos de entrega das unidades habitacionais. O empreendimento, comercializado desde 2017, previa a conclusão da fase 1 em 2021. No entanto, até abril de 2025, o terreno localizado no bairro Marechal Rondon segue vazio e sem obras em andamento, afetando cerca de 500 famílias que já investiram mais de R$ 100 milhões no projeto. As empresas presentes tiveram espaço para responder aos questionamentos dos compradores e se colocaram à disposição para buscar soluções.
O vereador Duarte reforçou o compromisso com a população: “Esse encontro foi realizado porque os moradores precisam de respostas urgentes. Não se trata apenas de investimentos financeiros, mas de saúde pública e do direito básico à moradia. São famílias que hoje se veem abandonadas, enfrentando riscos e incertezas. Nosso compromisso é lutar para que essas pessoas sejam respeitadas e tenham suas garantias preservadas”, afirmou.