“Azul Marítimo” é o primeiro solo teatral do ator Victor Di Marco que tem como mote, seus medos e fascínio pelo mar. Essas sensações deságuam no palco onde palavras falsas e retas contrastam com a tão verdadeira imprevisibilidade do movimento das ondas. Entre tropeços, tremores e desequilíbrios, o ator vencedor do Prêmio de Melhor Ator no Festival de Cinema de Gramado (2022 e 2024), revela uma narrativa delirante que nunca foi e nunca será firme e concreta.
O espetáculo participa do 19º Festival Palco Giratório no dia 1º de junho de 2025, domingo, às 18h, na Sala Álvaro Moreyra (Av. Érico Veríssimo, 307) em Porto Alegre (RS). O trabalho tem tradução simultânea de libras. Os ingressos saem a R$20 (meia-entrada) e R$40 (inteira). A classificação indicativa é 16 anos.
O solo de 45 minutos nasceu a partir da vontade do seu autor e ator em realizar uma pesquisa de seu corpo em cena. “Um corpo distônico, que não pára e não opera dentro dos limites da biomecânica, se faz então a própria linguagem em novas técnicas”, define Victor Di Marco. “Será que essa solidão se faz apenas esteticamente em solo ou seria Azul Marítimo também mais um solo que se faz posicionamento político?” Essas são algumas das provocações que Victor, protagonista dos premiados curtas “O que pode um corpo?” e “ZAGÊRO”, traz ao debate.
Para consolidar essa linguagem própria, Victor Di Marco se cercou de uma equipe sensível e experiente na pesquisa de linguagens cênicas, com a atriz, produtora e diretora, Jéssica Teixeira, atual vencedora do Prêmio Shell, que assina a direção; Márcio Picoli, diretor e produtor da Balde de Tinta Produções Artísticas, na produção executiva; e com a estrutura técnica do reconhecido trabalho do Grupo Oazes, que traz para o espetáculo Lisi Medeiros na produção, Carlos Azevedo na luz, e Casemiro Azevedo e Vito O. Azevedo na criação da trilha sonora.
Em três atos, a dança de Victor, esse corpo sozinho no palco, o gozo por ser quem se é, constroi a encenação de “Azul Marítimo”, pois a onda que trouxe o impossível, aqui para esse corpo, volta para a imensidão que é o mar como ato possível. O espetáculo não dispõe de elementos cenográficos, pois aposta em um refinamento de luzes em recortes, cores e fumaças conceituados pelas faltas (sociais e dramaturgas). Construindo essa dramaturgia do corpo com deficiência que é, então, o futuro, uma curva que desvirtua o trajeto linear, que desafia a exatidão e que reafirma que quando tudo se diz concreto. Somos todos líquidos e deformes.
Ficha Técnica:
Atuação e Dramaturgia: Victor Di Marco
Direção e Consultoria Dramatúrgica: Jéssica Teixeira
Iluminação: Carlos Azevedo
Trilha Sonora: Casemiro Azevedo e Vito O. Azevedo
Produção: Lisi Medeiros
Produção Executiva: Márcio Picoli
Fotos de Divulgação: Ma Villa Real
Arte Gráfica: Thulio Santos
Serviço:
“Azul Marítimo”, solo teatral de Victor Di Marco | 19º Festival Palco Giratório | Porto Alegre (RS)
Quando: 1º de junho de 2025, domingo, às 18h
Onde: Sala Álvaro Moreyra
Ingressos: À venda nas Unidades Sesc/RS, online neste link e, havendo disponibilidade, 1h antes de cada apresentação na bilheteria dos respectivos teatros pelo valor de R$ 20 para comerciários, dependentes e empresários com Credencial Sesc válida, estudantes, professores, PCD’s, classe artística, doadores de sangue e maiores de 60 anos; e R$ 40, para o público geral.
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 45 minutos
Instagram: @victordimarco
Sobre Victor Di Marco
Victor Di Marco é ator. Indicado ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro por seu trabalho de estreia, O que Pode um Corpo? (2020), já recebeu mais de 10 prêmios de atuação. Protagonizou Possa Poder (2022), tornando-se o primeiro ator com deficiência a vencer o prêmio de Melhor Ator no Festival de Cinema de Gramado, além de conquistar o mesmo prêmio no Festival Guarnicê de Cinema e no Festival ForRainbow. Em ZAGÊRO (2024), voltou a ser premiado como Melhor Ator no Festival de Cinema de Gramado, no Festival de Vitória e no CINEPE. Na TV, integrou o elenco da série Sob Pressão, da Globoplay. No teatro, circula com seu primeiro solo “Azul Marítimo” com direção de Jéssica Teixeira.