Câmara discute segurança nas escolas de educação infantil em Grande Expediente

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Proposto pelo vereador Emílio Neto, contou com a presença da secretária de Educação e do secretário de Segurança Pública

A Câmara Municipal foi palco, nesta quinta-feira (14), de um Grande Expediente voltado à segurança nas escolas de educação infantil da rede pública. A sessão, proposta pelo vereador Emílio Neto (PT), foto, contou com a presença da secretária municipal de Educação, Beth Colombo, e do secretário municipal de Segurança Pública, Major Alberto Rocha, que apresentaram diagnósticos e medidas em curso para garantir proteção a alunos e profissionais da rede.

O pedido do vereador teve como ponto de partida as manifestações de preocupação de mães, professores e comunidade escolar, especialmente em unidades localizadas em áreas de maior vulnerabilidade social. Em sua fala, Emílio destacou a ausência de segurança em algumas escolas e citou a EMEI Olga Ronchetti, no bairro Guajuviras, como caso emblemático. Segundo o parlamentar, pais e professores relatam constrangimento e sensação de insegurança diante da circulação de egressos do sistema prisional nos arredores da unidade. “É uma escola que não tem porteiro, não tem vigilante, não tem segurança. Está completamente exposta”, alertou.

Beth Colombo falou sobre enfrentado por parte da rede municipal. A secretária explicou que a diminuição da presença de vigilantes e porteiros nas escolas, especialmente nas de educação infantil, decorre de deslocamentos realizados durante a enchente, quando profissionais da segurança foram realocados para casas de bombas, abrigos e outras estruturas municipais que sofreram alterações. “O problema é que eles não retornaram”, disse. Ela comentou ainda que a responsabilidade pela contratação dos serviços de segurança não é da Secretaria de Educação, mas sim da Secretaria de Segurança Pública, embora o custeio seja feito com recursos próprios da Educação. Entre as medidas anunciadas, a secretária destacou o programa de identificação facial, já implementado em escolas de ensino fundamental e em processo de extensão para as EMEIs, que envia notificações em tempo real aos responsáveis sempre que uma criança entra ou sai da escola. Também citou a retomada do projeto do botão de pânico, que havia sido interrompido em 2024, além de tratativas para a instalação de câmeras de monitoramento em unidades escolares.

O secretário Alberto Rocha complementou as informações, detalhando o plano de segurança que prevê a instalação de sensores de movimento, alarmes, barreiras físicas e monitoramento por vídeo interligado ao Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). Rocha afirmou que um dos focos é prevenir situações de violência, ataques escolares e furtos de infraestrutura, como cabos elétricos. “Não é apenas questão de segurança patrimonial. Estamos falando da vida das crianças”, ressaltou. A proposta da Secretaria de Segurança inclui a implantação de três botões de pânico por escola, a ampliação das câmeras com reconhecimento facial e a duplicação das patrulhas escolares. A previsão é de que cada quadrante da cidade conte com uma viatura exclusiva para atendimento das escolas.

Ao final da sessão, o vereador Emílio Neto agradeceu a presença dos representantes do Executivo, mas fez críticas à demora na resposta institucional. “A fala do secretário me frustrou. Porque não se trata de orçamento, se trata de prioridade”, afirmou. Ele se comprometeu a acompanhar pessoalmente a chegada do vigilante à escola Olga Ronchett, já prevista para a próxima segunda-feira, e propôs a criação de uma comissão para levar o tema ao prefeito.

Fotos: Gian Guglieman

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