A Prefeitura de Canoas recebeu o selo Cidades Antirracistas, concedido pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), em solenidade realizada no auditório do órgão nessa quarta-feira (27), na Capital. O reconhecimento se deve às políticas desenvolvidas pela Coordenadoria Municipal da Igualdade Racial, Povos Originários e Imigrantes na promoção de políticas públicas pela igualdade étnico-racial. O selo também foi concedido aos municípios de Arroio Grande, Caçapava do Sul, Cachoeirinha, Uruguaiana, Porto Alegre, São Leopoldo, São Sepé e Gravataí.
Conforme a secretária da coordenadoria, Ednea Paim, receber o selo antirracista é importante porque demonstra o compromisso de Canoas com a promoção da igualdade racial, a valorização da diversidade e o combate ao racismo estrutural. “Ele fortalece políticas públicas inclusivas, melhora a convivência social e atrai investimentos de organizações que valorizam a justiça social. Além disso, serve como exemplo para outras localidades na construção de uma sociedade mais equitativa”, disse.
Ednea reforça: “ser antirracista é um dever de todos. Não há justiça social sem combater o racismo que fere e exclui. Nossa luta é resistência, é memória e é futuro. Juntos, vamos transformar o sistema que insiste em nos silenciar. Racismo é crime, e nossa resposta é luta!”
O selo, desenvolvido pelo Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e da Proteção aos Vulneráveis do MPRS (CAODH), visa incentivar os municípios comprometidos com a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva para todos. É uma adaptação de um projeto que já existe no MP de São Paulo, estimulando que municípios tenham estruturas mínimas de combate ao racismo e para que aperfeiçoem esses sistemas, garantindo a plena inclusão racial de todas as pessoas, especialmente das pessoas negras.
“Nada impede que, no futuro, esse projeto aperfeiçoe os requisitos e exija um plano municipal de combate ao racismo como, quem sabe, uma secretaria municipal específica. Por enquanto, os requisitos são idênticos aos exigidos pelo Ministério da Igualdade Racial para ingresso no Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SINAPIR)”, explicou o coordenador do CAODH, Leonardo Menin.
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