CONHECENDO SEU VEREADOR | Jefferson Otto, “Nenhuma unanimidade é saudável, por isso a oposição tem um papel fundamental”

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Chegamos ao 12º vereador eleito entrevistado pelo Notícias da Aldeia Canoas, o CONHECENDO SEU VEREADOR, tomou um café com Jefferson Otto, que se reelegeu para um segundo mandato com 2.612 votos. Ele mais que dobrou sua votação de 2020, quando, incentivado por amigos e apoiadores, candidatou-se pela primeira vez a um cargo eletivo, logrando êxito e elegendo-se vereador com 1.138 votos.

Otto, como é chamado, é servidor público do Estado do Rio Grande do Sul, na área de Trânsito e Segurança Pública. Possui Graduação em Logística (ULBRA) e Bacharelado em Administração (ESAB); três Pós-graduações Lato Sensu: em Logística, em Trânsito e em Gestão Pública; bem como possui Mestrado em Educação (ULBRA).

Em sua formação básica, estudou na Escola Municipal General Osório e na Escola da Imaculada. Concluiu seu curso técnico no IPUC e a sua formação de nível superior na ULBRA.

Morador da cidade de Canoas, já tendo residido nos bairros Rio Branco e Niterói e atualmente reside no bairro Igara. Devido sua relação com a cidade, escreveu um livro sobre a Câmara de Vereadores de Canoas, intitulado: Canoas, mais eficiente: R$ 55 milhões para os Canoenses. Na obra, debate temas importantes como a produtividade, a relação do Legislativo com o Executivo, a necessidade de uma reforma político-administrativa, visando a redução do número de vereadores, assessores e privilégios, bem como a criação de um fundo democrático. Devido à promoção dos debates contidos em seu livro, muitos inéditos na cidade de Canoas, foi possível avançar no combate aos privilégios.

Jefferson Otto também esteve envolvido em diversos temas de interesse dos canoenses, como, por exemplo, o transporte público. Ocasião em que batalhou pela ampliação do número de empresas no setor.

DADAS AS DEVIDAS APRESENTAÇÕES, VEJA O QUE PENSA JEFFERSON OTTO

O senhor mais que dobrou sua votação de 1.138 em 2020 e fez 2.612 votos em 2024, o que acha que deve isso?

Primeiramente, quero agradecer aos 2.612 Canoenses que me deram esse voto de confiança. Fiquei muito feliz e lisonjeado com a votação.

Esse crescimento se deu em virtude de vários fatores, primeiramente lá na campanha de 2020 eu não prometi nada que eu não pudesse cumprir, acredito que esse seja um dos maiores problemas da política e que causa grande desencanto por parte da população. Prometi não nomear todos os cargos, lutar contra o monopólio da Sogal, fomentar ferramentas de participação popular/cidadã, apresentar bons projetos e estar sempre à disposição da população. Estas promessas foram cumpridas na íntegra. Através do pedido de providências cidadão, por exemplo, fui o Vereador que mais apresentou pedidos de providências, graças a uma ferramenta de participação. Apresentei projetos relevantes, sobretudo na área da saúde. Votei duas vezes contra a renovação do monopólio dos transportes. Isto só para citar alguns exemplos. Por fim, sempre digo que ninguém faz nada sozinho, por isso temos uma equipe extremamente qualificada no gabinete que se dedica integralmente para trabalhar pela nossa cidade e que eu sempre faço questão de citar e reconhecer.

Não podemos deixar de falar de seu parentesco com o ex-prefeito Jairo Jorge, o senhor acha isso favorável ou prejudicial em sua caminhada política?

Ao longo de toda a minha jornada política eu sempre busquei ter o meu legado, minhas opiniões e meu trabalho. Isso ficou bastante evidenciado ao longo dos últimos 4 anos. Seria comodismo querer receber votos por ser parente dele e querer “surfar” na sua popularidade. Eu sempre ressalto que ninguém deve votar ou deixar de votar em alguém “por tabela”.

Sua primeira campanha foi visando a redução do número de vereadores, assessores e privilégios, bem como a criação de um fundo democrático, o senhor conseguiu colocar isso em prática nos quatro anos que esteva na Câmara?

Coloquei em prática aquilo que dependia exclusivamente de mim, conforme eu havia prometido. Sou, antes de tudo, um democrata e temos uma casa bastante plural com relação a esses temas.

Na primeira sessão do ano sua postura foi de oposição total ao governo, inclusive chamando o prefeito atual de mentiroso, como o senhor prevê que será sua relação com o governo Airton Souza?

Importante ressaltar que minhas críticas não são pessoais, contudo demonstrei que, de fato, ocorreu uma mentira durante a campanha com relação ao tema dos CC’s. Como falei anteriormente, promessas durante a campanha que não são cumpridas afastam a sociedade da política.

A decisão de ser oposição é pessoal e coletiva. Tanto eu quanto minha equipe, e ainda, meu partido, entendem que devemos estar onde as urnas nos colocaram: na oposição. Oposição não é torcer contra a cidade ou contra a gestão, mas sim demonstrar publicamente os equívocos e tentar barrar retrocessos, sempre no campo democrático, mas com altivez e coragem. Nenhuma unanimidade é saudável, por isso a oposição tem um papel fundamental, independentemente do Governo.

Agora, com a experiência de um mandato, o senhor se sente melhor preparado para os próximos quatro anos?

Com certeza. Tivemos um mandato bastante atípico por tudo que aconteceu na cidade. Dessa forma ganhamos muita experiência. Além disso, tive a oportunidade de ser vice-líder e líder do Governo, além de ser oposição por duas vezes, o que nos proporcionou bastante experiência em todas as posições.

O que o senhor pensa do seu futuro político, pretende alçar voos maiores, ou exercerá seus quatro anos no legislativo, disputar a prefeitura passa pelos seus planos?

O PSD elegeu 110 vereadores no Rio Grande do Sul. Eu, mesmo sem fundo eleitoral, fui o 7° mais votado no Estado. Dessa forma, é natural que o partido enxergue nosso nome com potencial para contribuir no pleito de 2026. É de conhecimento de todos que o PSD é um partido em grande ascensão Nacional, as eleições de 2024 comprovaram isso. Ainda assim, também é notório que, no âmbito do Rio Grande do Sul, o PSD pode e deve ampliar suas bancadas, que hoje contam com um Deputado Estadual e um Federal, e para isso é necessário ter uma nominata forte. Meu nome está à disposição para contribuir, se assim for definido de forma coletiva.

Sobre a vontade de ser candidato à Prefeito, essa é uma pergunta que recebo de amigos e eleitores. Entendo como natural para quem está na política. Sobre o tema penso que os interesses e as vontades individuais são menores do que os coletivos. Ninguém é candidato sozinho e é preciso representar o interesse comum de um grande coletivo. No momento, foco total no mandato.

Qual será a bandeira de Jefferson Otto junto ao seu eleitorado e a população de Canoas?

Manter a mesma forma de atuação, com foco na eficiência, atendendo as pessoas nas ruas e nas redes, apresentando projetos relevantes, combatendo o Monopólio dos Transportes, enfim, representando os Canoenses da melhor forma possível.

A cidade de Canoas teve metade de seu território devastado pela enchente, como o senhor vê os caminhos para a reconstrução?

Infelizmente fomos atingidos pela maior catástrofe climática da história. Tenho convicção de que a primeira tarefa é acelerar as obras de elevação dos diques, pois não teremos segurança enquanto isso não ocorrer. Estamos vivenciando cada vez mais eventos climáticos ocorrendo em intervalos menores de tempo. Não temos tempo a perder, nem um mês, nem uma semana, sequer um dia. Irei cobrar isso com veemência.

Deixe uma mensagem para a população de Canoas.

No ano passado as duas palavras que resumiram a nossa cidade foram: solidariedade e resiliência. Os Canoenses mostraram a sua força depois da maior tragédia climática da história. Agora é preciso seguir reconstruindo e avançando. Para isso, contem comigo e com a minha equipe para seguir trabalhando com afinco pela nossa cidade.

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