Do Atlântico ao Pacífico | Ciclistas canoenses conquistaram São Gabriel, agora o objetivo é Rosário

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Roberto Borba Hartmann, Carlos Afonso Schuch, Hermes David Ramos, Oraci Vieira Soares Junior e Jair Mário Cardoso, continuam sua saga de superar 2.600 km de pedal pela América do Sul, do Atlântico ao Pacífico, até Viña Del Mar, passando por quatro países: Brasil, Uruguai, Argentina e Chile. Após pernoitarem em São Gabriel, após uma pedalada de mais de 100 quilômetros, partiram hoje cedo para Rosário, serão mais 85 quilômetros a ser percorridos.

Força guerreiros!

DIÁRIO DE VIAGEM

O grande objetivo é Terça-feira (14) recebemos notícias de nossos aventureiros, eles estavam acampando no Posto Papagaio, próximo de Cachoeira do Sul. Eles seguem firmes no propósito de pedalar 80 quilômetros diariamente. Os relatos são de sua luta diária, como fala o Beto, um dos participantes: “tivemos dois BOs com pneus, acostamento muito ruim, muita carreta, mas chegamos bem. Conseguimos um local coberto no posto, com energia elétrica, onde fizemos nossa janta, feijoada em lata e bisnaguinha, a noite foi boa. Agora já desmontamos acampamento e vamos tentar chegar a Cerrito Novo, em São Sepé, cerca de 100 km de onde estamos saindo”.

Quarta-feira (15) conforme relado dos ciclistas, ontem foram pedalados 88 quilômetros, muito desgastante, sol a pino, lombas e lombas. A maior dificuldade foi achar um local para dormir, após quase dez horas de pedal, eles foram surpreendidos com uma pequena pousada às margens BR 290, em Cerrito do Ouro. Enfim, uma tranquilidade merecida, pois eles estavam no seu limite e sem forças. Uma boa noite de sono se fazia necessária, e assim foi, um banho quente e pela primeira vez uma cama confortável.

Hoje, quinta-feira (16), a partida foi um pouco mais tardia, ao meio-dia, pois choveu muito na madrugada e a previsão é de mais tempo chuvoso. Isso tornou a organização mais detalhada para proteger os pertences da chuva e roupas adequadas para o tempo ruim. Também contaram com os contratempos, três pneus furados e consertos de cinco câmeras de pneu, para finalmente seguir viagem.

Assim nossos aventureiros partiram para mais um percurso da grande viagem, agradecidos a Deus por encontrarem uma pousada no meio do nada. Deus provê quem faz o bem.

Sexta-feira (17), ontem (16), a galera pernoitou em Santa Margarida do Sul, e hoje partiu o para Rosário. O sono foi no posto Posto Ipiranga, gerenciado pelo senhor Dilmar, um conterrâneo de Canoas. Com o ótimo acolhimento, montaram o condomínio de barracas em local coberto, na frente do posto. Com a ajuda de uma extensão de energia, jantaram e dormiram. Pela manhã, desocuparam a área e partiram para mais um dia de pedaladas, hoje serão cerca de 85 quilômetros, os problemas aparecem, principalmente pneus furados, mas nada que tira a determinação dos valorosos ciclistas.

 

RELEMBRANDO O COMEÇO

O projeto destes loucos aventureiros acontece cerca de dois anos, com planejamento e estudo das possibilidades. Eles têm como objetivo, simbolicamente, misturar as areias do Atlântico com as do Pacífico. Após concluírem a viagem de bicicleta até o Chile, os aventureiros voltarão de ônibus para Canoas.

Ficamos curiosos para saber as razões deste desafio, as respostas serão dadas pelo caminho. Elas podem variar de pessoa para pessoa, mas o desafio será a união de todos em um objetivo comum. O importante é o exemplo de perseverança e o espirito de aventura.

Iremos ficar aqui na torcida que eles alcancem seus objetivos. Pelo que conhecemos, ciclistas podem ser motivados pela necessidade de testar seus próprios limites, tanto físicos quanto psicológicos. Pedalar uma distância tão grande, atravessando diferentes terrenos e países, é um desafio colossal. Para muitos, isso representa a realização de um objetivo pessoal — uma conquista que vai além da simples prática esportiva, algo como um “testamento” de superação.

Talvez eles somente queiram divulgar a cultura de cicloturismo, onde viajar de bicicleta se torna uma forma não só de explorar, mas de viver a experiência de forma autêntica e em contato direto com as pessoas e os lugares. A jornada do Atlântico ao Pacífico é uma das rotas mais procuradas por cicloturistas aventureiros.

Boa sorte amigos, o desafio de uma jornada tão longa e intensa é para poucos.

Sucesso em sua jornada!

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