Ezequiel recebe apoios externos contra a sua Cassação, mas sua situação interna só piorou

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O vereador Ezequiel, do PL, tem recebido apoio externo em sua luta contra a provável cassação de seu mandato, mas sua situação interna continua a se deteriorar cada vez mais.

Recentemente, alguns Deputados de seu partido manifestaram publicamente seu respaldo ao vereador por meio das redes sociais e em praça pública.

Durante um ato realizado no Parcão, que protestava contra o Ministro Alexandre de Moraes, Ezequiel aproveitou para expor sua versão sobre a sua provável cassação, alegando ser alvo de uma perseguição da esquerda que teria se intensificado, migrando do âmbito federal para o municipal.

Parlamentares do PL se uniram ao vereador no evento e replicaram sua narrativa nas plataformas digitais e no microfone. No entanto, teve Deputado que foi além do apoio simbólico e tentou desafiar a autoridade do Prefeito Airton, buscando exigir uma intervenção do Executivo no Legislativo.

Essa estratégia, contudo, resultou em um fracasso retumbante, já que o Prefeito não se deixou abalar e limitou o espaço de atuação do parlamentar que liderou a investida, levando a uma série de mudanças na administração, pois o espaço que o Deputado tinha na administração municipal acabou e teve cargos sendo exonerados.

A mensagem parece clara: o Brasil pertence aos brasileiros e Canoas é dos canoenses. Interferências externas são indesejadas; tentativas de extorsão, coação ou intimidação podem e devem gerar uma resposta tão logo seja possível, pois todo aquele que tenta se impor a força em uma negociação ou articulação, acaba colecionando inimigos que irão dar o troco tão logo consigam.

A política, segundo a visão corrente, deve ser pautada pelo diálogo e pelo respeito a todos os segmentos sociais e às autoridades. A postura de subserviência não é aceitável diante de ameaças de qualquer natureza.

Uma abordagem mais reflexiva e humilde por parte de Ezequiel poderia mudar o rumo do julgamento que enfrenta. No entanto, sua postura agressiva e beligerante, que inclui ameaças de apresentar provas contra outros vereadores e buscar apoio nas redes sociais para pressionar os colegas que o julgarão e até contra a mídia, parece indicar uma tentativa de vencer no grito o que não consegue conquistar politicamente.

Os vereadores possuem a autoridade para decidir sobre o futuro de Ezequiel, uma autoridade conferida pelos votos recebidos nas últimas eleições. A utilização de força externa contra aqueles que têm o poder de julgá-lo não tem se mostrado uma tática eficaz ao longo da história.

A coação do julgador durante o processo é um crime passível de prisão. Resta saber se Ezequiel refletirá sobre suas ações e reconhecerá eventuais erros, ou se permanecerá preso a suas convicções e a própria casa, longe da representatividade política que alcançou nas eleições.

Alguns políticos precisam aprender que a campanha deve acabar depois da eleição, quando se conquista um mandato não se representa apenas os votos que recebeu, mas todos aqueles para o qual foi eleito para representar e que só se entrega bons resultados construindo pontes, articulando e dialogando com todos, não dinamitando relações.

O extremismo não constrói nada, não ajuda ninguém e essa divisão de esquerda e direita serve muito para que as pessoas não percebam que a verdadeira divisão é entre quem está em cima e quem está em baixo.

Muitos acham que estão em cima e não tem a menor noção do quanto estão longe da ponta da pirâmide social. Quando as pessoas pararem com os discursos extremistas, talvez se possa ter um diálogo político construtivo que realmente seja útil para todos.

Lamento que tantas pessoas tenham colocado suas esperanças de renovação política em um mandato tão curto, que não vai deixar nenhuma marca de algum projeto positivo e impactante proposto, sendo lembrado apenas por controvérsias, polêmicas, exposições em redes sociais desnecessárias, declarações infelizes e conflitos.

ENTENDA O CASO

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*O autor é advogado, jornalista e articulista do Notícias da Aldeia

2 Respostas

  1. Balela né Rodrigo pq qdo foi para os deputados Cherini e o Bibo Nunes enfiarem o Airton no PL, aí podia a interferência externa . Só rindo mesmo.

  2. Os deputados do PL fizeram teatro, ninguém postou vídeos em suas redes sociais próprias. Fazem o teatro pra manter a Base. O melhor de tudo? PL estadual esta rachado.

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