Há males que não vêm para o bem

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Não é novidade pra ninguém que o mundo vive uma fase muito difícil. Além do terrorismo psicológico e da robotização em massa do pensamento, a desconstrução do sentido da vida e a inversão drástica de valores têm tornado nosso futuro cada vez mais preocupante.

Na esteira de tudo isso e com aquele sentimento de que “tudo pode”, algumas pessoas acabam demonstrando quem realmente são. Sempre disse que os maiores males do mundo eram a falta de empatia e o tesão. A primeira é óbvia: não conseguir se colocar no lugar do outro gera uma série de ações altamente prejudiciais à humanidade. E o tesão, você sabe bem, que também é responsável por muitas das grandes cagadas na vida. Mas nos últimos tempos, um novo mal arrombou a porta do bom senso e entrou nesse rol: a hipocrisia.
Essa é uma característica presente em todas as esferas da sociedade, mas na política ela ultrapassa todos os limites e se apresenta, muitas vezes, de uma forma nojenta. Se acredito que sejam más pessoas? Não. A maioria não é. Podem ser grandes pais ou mães, belos vizinhos, maridos ou esposas. No entanto, a mágoa e a ânsia pelo poder cegam e fazem a hipocrisia saltar aos olhos.

Todo e qualquer governo precisa de oposição. Nelson Rodrigues já nos disse: a unanimidade é burra. Por isso é tão importante o contraponto, a fiscalização e trazer à luz os equívocos que são normais de qualquer gestão. Mas isso não é Green Card para um vale tudo. É preciso ter responsabilidade com a verdade, mas, principalmente, responsabilidade com a sua consciência, com o seu travesseiro e com as suas noites de sono. Não é possível acreditar que quem acusa os outros do que sempre fez durma tranquilamente. A vida já me ensinou que quem fala que os outros se vendem, é porque tem preço e só está esperando a oferta certa para mostrar quem é.

Um profeta árabe, certa vez, também disse, “as quatro características do hipócrita são: 1- Quando lhe é confiado algo, burla. 2- Quando fala, mente. 3- Quando promete, não cumpre; e 4-Quando disputa, abusa (da complacência alheia)”.

Portanto, você pode ser direita, esquerda, centro, diagonal…
Você pode ser “isento”, situação ou oposição.
Você só não pode ser hipócrita.

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