Julho Amarelo para combater as hepatites virais

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O mês de julho é dedicado à luta contra as hepatites virais. A hepatite é uma infecção que atinge o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes, são infecções silenciosas e não apresentam sintomas.

“Entretanto, quando presentes, podem se manifestar por meio de cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras”, destaca o gastroenterologista do Hospital Divina da Divina Providência,Santiago Cassales Neto.

De acordo com o último boletim epidemiológico “Hepatites Virais” do RS, produzido em julho de 2022, pelo governo do Estado, as hepatites virais têm extrema importância epidemiológica no Rio Grande do Sul por serem um dos agravos transmissíveis mais notificados, sobretudo quando falamos das hepatites B e C. Em 2021, foram notificados 4.283 casos de hepatites virais no RS, e destes, 73,7% referiam-se à hepatite C.

De acordo com Santiago, as vacinas para as do tipo A e B são bastante eficazes. Para a C, existem medidas que podem ser adotadas para evitar a contaminação, como evitar o contato com sangue; usar preservativo nas relações sexuais; sempre utilizar materiais esterilizados; e manter cuidados de higiene como a lavagem frequente de mãos, evitar compartilhamento de itens pessoais tipo escova de dentes e lâminas de barbear, por exemplo.

“A conscientização é fundamental para a preservação da saúde do nosso fígado e para garantir uma melhor qualidade de vida”, alerta o profissional.

Dados do Ministério da Saúde apontam que as hepatites B e C representam, entre as hepatites virais, as duas principais causas de morbimortalidade. Sem tratamento, as hepatites B e C podem levar à cirrose, à insuficiência hepática e ao câncer hepático, sendo responsáveis por 96% de todos os óbitos por hepatites virais.

Diferenças

A diferença entre as hepatites é que as B e C podem ficar crônicas. Já a hepatite A nunca cronifica, enquanto a D, só dá em quem já tem a hepatite B, mas não há prevalência de casos aqui no Sul, é mais predominante na região Norte do País. Todas elas podem ser graves.

Vacinas

A vacina para hepatite A está disponível no calendário básico infantil, com indicação de uma dose aos 15 meses. Também é administrada no SUS para adultos em situações especiais (imunossuprimidos, pessoas vivendo com HIV, pessoas portadoras de doenças hepáticas crônicas, entre outros). A vacina da hepatite B também faz parte do calendário vacinal do Ministério da Saúde e está disponível para adultos e crianças.

Como se pega

Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (hepatite A e E); Transmissão por contato com sangue, por meio de compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B, C e D).

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