Recebemos nota do Movimento Medicina Ética e Forte do Rio Grande do Sul, que lança críticas a nova diretoria do Simers – Sindicato Médico do Rio Grande do Sul. Onde eles reclamam que o atual presidente Marcelo Matias em vez de apresentar resultados em seus primeiros 100 dias no comando da entidade, recorre a meias-verdades e faz marketing e que só esqueceu de apresentar fatos. Veja o que diz a nota:
Nota à imprensa – A verdade sobre os 100 dias da nova gestão do Simers
Nos últimos dias, a atual gestão do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), comandada por Marcelo Matias — que retorna ao cargo como se nada tivesse acontecido entre 2019 e 2021 — resolveu celebrar seus 100 primeiros dias com um espetáculo digital de mentiras e distorção da realidade. Em vez de apresentar ações ou mostrar resultados, a estratégia foi recorrer a postagens nas redes sociais recheadas de meias-verdades, omissões convenientes e frases de efeito dignas de marqueteiro em crise. Faltou só um detalhe: os fatos.
A gestão que assumiu o Simers em janeiro de 2022 teve que reconstruir o que sobrou do sindicato após a última gestão de Matias. Recebeu uma estrutura inchada, com mais de 200 funcionários, folha consumindo 56% da receita, déficit crônico e uma previsão orçamentária que indicava falência em menos de dois anos. O cenário era tão crítico que daria inveja a prefeituras quebradas. Mas ao longo de três anos, com responsabilidade e profissionalismo, o caos foi revertido: reorganizou-se a casa, ampliou-se a atuação regional e modernizou-se a gestão — algo que, ao que tudo indica, incomoda profundamente os que preferem o Simers como cabide de empregos.
Sim, 2024 fechou com déficit contábil em dezembro. E sim, esse número está em todos os relatórios — os mesmos que a atual gestão recebeu na transição, mas parece ter lido com os olhos fechados. O que não se diz no Instagram é que o déficit se deu por conta de um provisionamento de quase R$ 2 milhões por uma ação judicial herdada da gestão Matias, além de investimentos estruturais. Até novembro, o saldo era positivo. Ou seja, o rombo que eles agora dramatizam foi causado por contas do passado que a gestão 2022–2024 teve a coragem de encarar e provisionar. A diferença é que, ao contrário dos atuais gestores do Simers, na antiga gestão ninguém maquiou balanço para agradar à plateia.
É curioso ver quem destruiu as contas do Sindicato falar em reconstrução. Quem inchou a máquina, falar em “eficiência”. E quem esvaziou o Simers entre 2019 e 2021, agora discursar sobre “reestruturação”. As ações “corretivas” anunciadas pela atual diretoria nada mais são do que cópias de tudo o que já estava sendo feito. A diferença é que agora são conduzidas pelos mesmos nomes que ajudaram a transformar o Sindicato Médico em reduto político — e que agora tentam, mais uma vez, criar uma versão paralela da história para justificar seu retorno.
Se o objetivo da atual gestão é reescrever os últimos três anos com base em slogans e distorções, ao menos que se tenha a decência de citar os fatos completos. A categoria médica merece mais que propaganda de Instagram: merece compromisso com a verdade, responsabilidade com o patrimônio da entidade e respeito por quem trabalhou duro para reconstruir o que estava em ruínas.
*O espaço está aberto para resposta da atual diretoria eleita do Simers e a nota é de inteira responsabilidade do Movimento Medicina Ética e Forte do Rio Grande do Sul