O Escritório de Resiliência Climática de Canoas (Eclima) estima que os níveis da cheia no município tendem a iniciar o movimento de baixa ao longo desta quinta-feira (28). As equipes da Defesa Civil seguem monitorando as condições do tempo e os volumes de água dos rios que atingem alguns pontos da cidade.
As regiões da Praia do Paquetá, rua da Barca e Fazendinha seguem inundadas pelas águas do Rio dos Sinos. Rondas com regularidade e ações de conscientização por parte da Defesa Civil são promovidas para que os ribeirinhos deixem as residências. O abastecimento de energia segue interrompido nesses locais, a fim de evitar acidentes com eletricidade.
A Guarda Municipal permanece na entrada do Paquetá, com uma base móvel de apoio à comunidade, além do monitoramento do local para garantir a segurança da comunidade. O efetivo permanece 24 horas no local, com alternância de turnos das equipes. Os agentes ainda executam apoio em ações preventivas e operações de alerta nos quatro quadrantes.
Os alagamentos causados pelo extravasamento das águas do Rio Gravataí, em pontos específicos dos bairros Rio Branco e Niterói, que registram níveis abaixo do que algumas ruas, apresentam diminuição. Segundo a Defesa Civil, na Rua Hermes da Fonseca, o acúmulo de água diminuiu mais de 20 centímetros até o período da manhã. O trecho de 100 metros da via, com menos de dez residências, fica fora da área protegida pelo dique de retenção existente na região.
Ainda na tarde de terça-feira (27), a Defesa Civil prestou atendimento aos moradores afetados nos dois bairros. A mobilização teve apoio das equipes da Secretaria de Assistência Social, oferecendo o abrigo, e Secretaria Municipal de Bem-Estar Animal (SMBEA), para assistência veterinária, transporte e abrigo de animais domésticos de pessoas que deixaram suas residências.
Na rua D, no bairro Olaria, o Arroio Brigadeira, próximo ao limite com Cachoeirinha, já voltou para o leito. A água do afluente do Rio Gravataí atingiu algumas residências de uma área de invasão. No bairro Mato Grande, as ruas Antônio Wobeto e Elizabeth Finkler tiveram alagamentos em razão das águas de um banhado existente na região.
Ações preventivas são realizadas pelas subprefeituras
Os trabalhos das equipes das subprefeituras foram reforçados após as fortes chuvas ocorridas nesta semana. Com uma manhã de tempo seco, as ações ficaram concentradas, principalmente, nas limpezas de bocas de lobo, conserto de erosões, reparo nas redes de drenagens e no recolhimento de lixos de descarte irregular, materiais que acabam impedindo o escoamento da água nas ruas.
A Subprefeitura Nordeste efetuou a contenção de um terreno da própria Prefeitura na rua 17 de abril, pois a chuva provocou desmoronamento no barranco da divisa, levando risco às casas do terreno ao lado. A Subprefeitura Noroeste priorizou o trabalho de limpeza preventiva de bocas de lobos em toda a extensão da rua Novo Hamburgo e recolhimento de entulhos no bairro Mathias Velho. Já a Subprefeitura Sudeste executou trabalho em erosão na rua Bagé e limpeza de bocas de lobo na rua Quaraí, a partir da rua Venâncio Aires até a BR-116, enquanto a Subprefeitura Sudoeste focou em uma grande erosão na rua Guilherme Schell, em frente ao número 692. A Subprefeitura Centro realizou um trabalho de limpeza de bocas de lobo, recolhimento de entulhos e conserto de erosões na rua Guilherme Morsch.
Contato das subprefeituras
Subprefeitura Centro – Rua Euclides da Cunha, 280, Centro. Fone: (51) 3428-3327
Subprefeitura Nordeste – Av. Boqueirão, 3154, Estância Velha. Fone: (51) 3236-3502
Subprefeitura Noroeste – Rua Candelária, 441, Mathias Velho. Fone: (51) 3466-1660 e (51) 3477-4142
Subprefeitura Sudeste – Rua Marechal Rondon,100, Niterói. Fone: (51) 3475-2525
Subprefeitura Sudoeste – Rua Edgar Fritz Muller, 430, Rio Branco. Fone: (51) 3472-0454 e (51) 3472-0436
Canoas recebe doações de telhas para atender moradores atingidos pela chuva de granizo
A Prefeitura de Canoas está recebendo doações de telhas para auxiliar na reconstrução de residências afetadas pela chuva de granizo ocorrida na manhã de terça-feira (26). Nesta semana, o Posto Metropolitano e a empresa Sulgás doaram 1 mil e 1,5 mil folhas de telha, respectivamente. O município também está arrecadando cestas básicas.
O secretário-chefe do Escritório de Resiliência Climática de Canoas (Eclima), Aristeu Ismailow, reitera que os canoenses necessitam, neste momento, de telhas e cestas básicas. “Tivemos uma campanha do agasalho exitosa e que possibilitou, inclusive, o apoio às comunidades afetadas pela cheia na região do Vale do Taquari. Ainda temos um grande volume de peças de roupas para distribuição aos nossos moradores. Necessitamos hoje das doações assertivas de telhas e cestas básicas”, disse.
Como ajudar
Empresas e pessoas da comunidade interessados em doar telhas para a reconstrução dos telhados afetados pelo granizo devem entrar em contato pelo telefone (51) 98255-1065, um número específico do Eclima para essa finalidade. Já as doações de cestas básicas, com alimentos não perecíveis, podem ser entregues na sede da Defesa Civil, que fica na rua Bandeirantes, 450, no bairro Nossa Senhora das Graças.
Balanço de residências afetadas
A partir de reunião do Comitê de Gestão de Crise, liderada pelo Eclima, a Prefeitura de Canoas chegou ao número de residências afetadas pelo granizo e que receberam lona durante a incidência das fortes chuvas e temporais. Os domicílios ingressam no cadastro de necessidade de telhas. Ao todo, 2.513 demandas foram contabilizadas pelas subprefeituras Noroeste (1.203), Nordeste (930), Sudeste (30), Sudoeste (75) e Centro (139), além da própria Defesa Civil (136). Em meio ao atendimento das demandas durante as fortes chuvas, os agentes distribuíram em torno de 3.870 cortes de lonas, de cerca de 30 metros quadrados cada.
Ação de distribuição
Uma ação da Defesa Civil para a entrega de donativos e das telhas doadas acontecerá na manhã deste sábado (30) em áreas afetadas pelo temporal e cheia no município. As entregas na região da Fazendinha terão o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), enquanto que o ingresso na Praia do Paquetá será feito com suporte de embarcações da Marinha do Brasil.
Texto: Fábio Radke/PMC
Edição: Carina Jung/PMC
