Vocês, pelo menos os mais velhos, já assistiram o excelente filme O Feitiço de Áquila, ele fala de fantasia e romance que retrata a luta entre o bem e o mal, onde um feiticeiro maligno lança um feitiço em uma princesa e seu amante, transformando-a em um falcão durante o dia e o cavaleiro em um lobo à noite. A lição principal do filme é a importância do amor verdadeiro e da coragem para combater o mal e superar os obstáculos que a vida possa apresentar.

Em Canoas estamos assim, as pessoas estão separadas do bem comum, quando tentam são enfeitiçadas ou gestionam em causas próprias. Aquele momento mágico da esperança não acontece, não aprendemos ainda sobre a importância da confiança e da comunicação em um relacionamento cordial. Infelizmente, não descobrimos como quebrar o feitiço do egoísmo e encontrar a soluções juntos.

Parecemos enfeitiçados pelo maldoso Bispo de Áquila.

Ninguém tem o real interesse, e a necessidade, de corrigir os erros do passado e buscar a redenção. A solução para Canoas pode estar, justamente na ficção, no que o Feitiço de Áquila nos ensina sobre o poder do amor, da coragem, da confiança e da redenção, mostrando que, mesmo em situações difíceis, é possível superar as adversidades e encontrar a uma solução para o bem comum.

O texto é um convite para a reflexão, saber com quem estamos lidando. Vale para todos, inclusive para quem está escrevendo.

Será que estamos todos enfeitiçados, fadados a viver em desunião, onde vivemos separados e não buscamos o mínimo de uma solução para o caos que está nossa cidade?

Enfim, a pergunta é grande, mas as respostas dos políticos são sempre vazias e fugindo das obrigações. As negociatas já começaram, mudanças de rumos e negação são a tônica da classe política. São políticos sem memória, inclusive recentes, acham que a população não percebe o que está acontecendo.

Mas não, dá para ver que algo está mudando, hoje o povo já discute política mais que futebol, religião, novelas e outras coisas. Porém, muitos continuam enfeitiçados, uns por interesses, outros por desconhecimento.

Mas a grande maioria está, mesmo, é desencantada. Não parecem novas possibilidades, quando aparece é logo enfeitiçada, e o que poderia ser uma esperança, acaba por sucumbir à mesmice e pactuar com o que é só interesse próprio.

Sendo assim, ou quebramos o Feitiço de Áquila, ou nem um Rato poderá nos salvar.

 PS: A única esperança do apaixonado casal é o amigo Phillipe, conhecido como Rato, o único que conseguiu escapar das muralhas de Áquila.