O vai e vem nas passarelas de Canoas

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O município de Canoas, tem ao longo de sua trajetória, um histórico de cortes em sua área de superfície, no que se refere, vias de transportes. Em 1874, ainda como fazenda, teve dividida sua área, pela construção da linha do trem, que ligou Porto Alegre com São Leopoldo. Em 1909, foi aberta a primeira rodovia, a Avenida Victor Barreto, que ligava o centro do Capão das Canoas para a capital, 10 após, essa mesma estrada tinha sua expansão para São Leopoldo.

Nessas vias, transitavam, veículos, trens e pedestres. Na década de 50, conforme o Diário de Notícias, já se alertava, quanto ao perigo que se mostrava no trânsito dessas vias, manchetes como “ Faixa de Canoas, um perigo constante”, “Faixa de Canoas: uma cruz em cada parada – 14 mortos em 1958”, referenciava para uma providência do poder público para sanar o problema. Uma solução urbanística, só foi demandada na década de 70, as passarelas vieram como uma medida para diminuir o perigo nas travessias de uma das vias mais movimentadas do estado.

A faixinha transformou -se em rodovia federal, BR 116, e a estrada de ferro ganhou na década de 80, um novo meio de transporte, o trem elétrico, muros foram construídos em sua volta, o que de certa forma, impediu sua travessia de pedestre, o qual era permitido até então. As paisagens dessas vias no município alteraram em grande medida, passarelas de pedestres, passaram a ser um ponto de referência na cidade, primeiro construídas em madeira e aço e depois de concreto. Uma nova cultura foi imposta nos pedestres que necessitavam atravessar essas vias, por um bom tempo ainda se presenciava pedestres arriscando a vida, atravessando por baixo de uma passarela.

Atualmente vinte e uma travessias entre passarelas e elevadas compõe esse sistema de passagens de pedestres, ao qual repassam a segurança no trânsito de Canoas, assim como tornam referência tanto geográfica, como comercial e cultural na memória dos canoenses.

LEIA SOBRE O ADEUS A PASSARELA DO PASSOQUINHA

A passarela do Passoquinha, na BR-116, dá adeus

3 Respostas

  1. Muito bom documentário. Parte da nossa história…..tem a passarela da cabeça…muito conhecida também.

  2. Foi necessário muita educação dos pedestres mesmo. Muitos arriscavam a vida na travessia da BR.

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