Enquanto o Governo do RS fala no maior desastre da história de nosso Estado, os canoenses fazem guerra política nas chuvas.

Reclamam das UPAs lotadas, mas não leem jornais ou pesquisam, essas datas os problemas respiratórios estão sempre presentes, agora agravados pela epidemia de Dengue. Reclamam do hospital de campanha, mas não percebem que seu familiar estaria na rua e na chuva esperando para ser atendido, caso não tivessem as estruturas.

Amanhã fará uma semana que chove sem parar, parece que as pessoas não olham além de seu problema e ainda tem tempo de fazer politicagem em cima disso. O estado está sendo destruído pelas chuvas, pessoas estão morrendo e não tem mais casa para viver. Deveríamos seguir o exemplo do pessoal do Vale do Taquari, é a segunda vez que eles perdem tudo, e estão lá resilientes e com esperança na reconstrução.

Aqui em Canoas não, vejo muitas críticas e poucos querendo ajudar. Os problemas em nossa cidade estão aí desde sempre, a chuva não escolhe governos, ela simplesmente cai.

Uma sugestão, faça política positiva neste momento ruim. Como alguns fizeram no Mato Grande, foram além das críticas, se o governo não resolveu, eles conseguiram o maquinário e foram à luta. Isso é a boa política, a ação que se sobrepõe a crítica. Estou vendo várias ações de candidatos a vereança, eles estão na rua pedindo doações e ajudando que teve a casa invadida pelas águas, se vai tirar proveito político? Não sei, mas já começou bem, está fazendo por merecer ser lembrado nas urnas. Mostra que é gente que faz.

UNIÃO É FUNDAMENTAL

Não quero aqui pagar uma de “Joãozinho do passo certo”, muito pelo contrário, fiz pouco ou quase nada, estou escrevendo no conforto do meu lar e quentinho. Durante esses dias meu sacrifício foi reclamar que não podia sair, enquanto muitos não têm um lugar para ficar. É triste, mas sou parte uma grande parcela da população que reclama da chuva e dos problemas por ela causado, mas nada faço além da crítica.

O texto é uma reflexão do pouco que faço para ajudar, o que EU deveria fazer para auxiliar em tempos de crise.

No quadro que estamos vivendo, vieram as chuvas, e elas, pelo menos para mim, deveriam revelar a importância da solidariedade, cooperação e apoio durante o momento de crise e de adversidade que todo o Estado está passando e Canoas é parte disso, não somos uma ilha, mas podemos ficar ilhados pela falta de empatia.

A grande maioria dos que torcem contra, ontem estavam juntos aos governantes, que foram eleitos em 2020, e não é a primeira vez que estamos vivendo o problema com as chuvas. Quem sabe, poderiam compartilhar conhecimentos, a união permite, e com isso poderíamos atender às necessidades e fornecer apoio mútuo.

O momento é de prestar assistência aos vitimados pela chuva. Ajudar com agasalhos e alimentos, mas principalmente, oferecer suporte emocional e demonstrar solidariedade com aqueles que estão sofrendo com as chuvas e alagamentos. Devemos fortalecer a resiliência das comunidades, permitindo que elas se recuperem mais rapidamente e se reconstruam após a catástrofe que nos assola no Estado, já fizemos esse exercício no ano passado, não custa repetir.

Uma catástrofe tende a fortalecer os laços sociais e promover a coesão, criando um senso de pertencimento e solidariedade. Mas é preciso esforço e boa vontade entre organizações, instituições e indivíduos para responder de forma eficaz e coordenada à situação de emergência que estamos passando, sem isso nada se consegue.

Portanto, este texto é para mim, nos momentos de crise, a união na catástrofe demonstra a capacidade das pessoas de se unirem em torno de um objetivo comum, superando diferenças e trabalhando juntas para enfrentar os desafios.

A solidariedade e a cooperação são fundamentais para construir comunidades mais fortes e resilientes diante das adversidades.

Fotos da matéria são do último grande temporal.

PENSAMENTO DO DIA

Um dia nos quebramos todo.
No outro nos remendamos.
Depois nos reencontramos numa fase muito melhor.
A vida é sobre isso. Se reconstruir e recomeçar sempre que for necessário.