Para quem não sabe, ou não quer saber, dentro de uma escola temos uns cem números de posições a cada minuto

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Desde que o homem pensa posicionar-se sobre qualquer assunto é rotina.

 

Para quem não sabe, ou não quer saber, dentro de uma escola temos uns cem números de posições a cada minuto. Discutir se uma postura de profissional em educação ou aluno está correta, sem as máculas do autoritarismo, é regra básica em sala de aula.

Imagine você, cidadão trabalhador, que na rotina nossa de cada dia se discute política até no ato de comprar tomates. O preço lá em cima, carregado de impostos que não nos retornam como desejamos, acaba bate-papo de mercado. É política.

Negar a um aluno, que em primeiro lugar é cidadão em formação, uma discussão sobre a situação do seu bairro é antipolítica. Não confunda, caro leitor, política com partidarismo. Os partidos fazem política, é óbvio, mas não estamos tratando de ideologias específicas, estamos tratando da formação política.

Da informação com a troca, da discussão de um projeto, da participação do aluno exercendo a sua cidadania e sendo um futuro líder dentro de um partido que se encaixe na sua formação. Isso é política e das boas.

Aluno faz política quando se apresenta como candidato a representante de turma. Profissional em Educação, faz política quando apresenta propostas em eleição. Carrega ambos uma política cheia de ideais. Com a turma ou com a escola, ambos são líderes políticos. Não há necessidade de embate entre ambos, fomenta-se o diálogo. Isso é política.

O que o Executivo propõe, retirando a eleição de diretores nas escolas municipais, é uma série de regras que burlam a liberdade de uma escola inteira. Não punem Profissionais em Educação, punem a comunidade escolar como um todo.

Como diz o Mestre em Letras Dilso José dos Santos: “Não há uma só mulher no mundo e um só homem que não tome partido por algo. E não estou falando de partidarismos políticos. Falo da vida, e ela sempre nos impõe uma posição. Até por que posicionar-se é uma questão de honestidade frente ao outro. A neutralidade nunca deixará de ser uma atitude covarde, e também de posição.”.

Independente da Lei não há como calar uma escola. Sinto informar.

Seguindo a contrariedade do movimento atual, que leva a ódio por todas as partes, o Profissional de Educação seguirá firme, indiferente aos que almejam calar na fonte de toda a formação da cidadania que é a nossa escola.

Profissional em Educação já está doutrinado a seguir o caminho da democracia de ideias onde o debate é a forma mais clara de chegarmos a um denominador comum.

Não escolher quem comanda uma escola através do voto, é uma proposta para calar os movimentos de formação de opinião e alguém decidiu que não é na escola que eles nascem.

É na escola que são formados os futuros líderes partidários, sejam de esquerda, direita ou centro, baseados na discussão e realização de movimentos sociais importantes na cidade.

Na hipótese de indicação das Direções na Escola, temo pela perseguição indiscriminada de pensadores: os Profissionais em Educação.

Não haverá uma sociedade justa onde a escola reproduzirá somente o que o Governante deseja e como deseja, isto tem nome: Ditadura.

Ditadura, nunca mais!

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