“Repensando o papel do estado”

Clique para ouvir esta notícia

Por *Julio Cesar Lamb

Entendo que este é o momento de repensarmos o Estado do RS e o papel do estado em geral.
Ficou provado por todos os meios que o estado, referindo-se a todas as instâncias de poder, demonstrou total e completa incapacidade para atender as necessidades da população, seja por incompetência, por excesso de burocracia, por falta de unidade de comando, etc.

Prova o que já ensinou Hayek que nenhum planejamento central é capaz de substituir a eficiência das pessoas quando tomam decisões descentralizadas.
Menos Brasília e mais Brasil é, e sempre foi, a solução.
Menos Leite e mais pessoas e voluntários anônimos para tomar as decisões e fazer o que precisa ser feito.
Menos Jairo e mais canoenses para fazer por suas vidas o que a prefeitura não consegue fazer.

A tragédia mostrou, ao fim e ao cabo, que o estado tira dinheiro da população para ser consumido em sua própria máquina. O estado brasileiro virou um fim e si mesmo.
Nunca pode dar à população aquilo que não tenha tirado antes desta mesma população.
Cabe uma pergunta: para que serve o estado? Porque precisamos do estado como intermediário para gerir o nosso dinheiro, quando podemos fazê-lo diretamente. ?
Quanto dinheiro é gasto somente com a corrupção e administração do SUS quando seria muito mais eficiente se cada um administrasse sua própria saúde. ?
Quando dinheiro é gasto com forças de segurança quando cada uma poderia cuidar de sua própria segurança com liberação para o armamento civil.?

Quando custam as gloriosas Frouxas Armadas Brasileiras que, ao invés de defender a constituição, se alinharam com o arbítrio e se demonstraram completamente incompetentes para gerir o trabalho de resgate dos flagelados no RS.

De parte do estado Brasileiro tivemos:
-IBAMA impedindo a recuperação da BR 116 na serra gaúcha por empresários locais por falta de licença ambiental;
Exigência de nutricionistas para as marmitas oferecidas por voluntários;
-ANTT multando caminhões na fronteira do RS por “excesso de peso” das doações transportadas.
-Exigência de certificação ARRAIS para condutores de barcos que atuavam no resgate.
-Policiais civis do estado do RS agredindo pessoas que buscavam água nos abrigos.
-Centralização das doações por parte da P.M. Canoas dificultando o atendimento das necessidades da população.
E outras, sem numero, de situações.

Urge que repensemos o papel do estado brasileiro e seu financiamento.
As entidades empresariais, CICS, FIERGS, FEDERASUL, etc. devem assumir o controle do estado do RS.
Exigir a redução do custo do estado ao invés de pedir penico ao estado.
Devem ser congelados salários de todos os poderes, reduzido custo de todos os serviços do estado, vendidos ativos do estado, controlando a evolução dos gastos, em especial do judiciário do estado que insiste em comprar veículos de luxo para seus desembargadores. (4 veículos AUDIs comprados ao custo de 400.000 por unidade. )
O estado precisa encolher e deixar o dinheiro dos cidadãos no bolso dos cidadãos.
Os impostos recolhidos pelos gaúchos não podem ir para Brasília e depois voltar a conta-gotas e com “perna de anão” para serem reinvestidos no RS.
Precisamos revisar o pacto federativo. Dinheiro dos gaúchos para os gaúchos.
Dinheiro dos canoenses para os canoenses e não para sustentar os gastos com corrupção e os CCs na prefeitura.
Infelizmente o poder público, em todos os níveis, deixou de ter autoridade moral para conduzir a gestão da crise daqui para a frente.
É hora de as entidades empresariais se manifestarem e exigirem a redução dos custos do estado do RS e da P.M. de Canoas, bem como é hora de assumirem o controle do estado do RS e da cidade de Canoas.

*Eng⁰ Civil | Secretário Relações Institucionais do partido NOVO – Canoas – RS

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore