Representantes de 25 cidades gaúchas participam nesta quinta-feira (30) do 2º Seminário de Educação Fiscal em Canoas. O evento é organizado pelo Grupo Municipal de Educação Fiscal, por meio das secretarias municipais de Fazenda e Educação em parceria com o Governo do Estado, através da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz/RS), com apoio da Associação dos Funcionários de Carreiras Típicas de Estado de Canoas (AFTEC) e da Escola de Governo da SMA.
A programação ocorre até as 17 horas no auditório Irmão Bruno Ruedell, localizado no Prédio 8 da Universidade La Salle. Previsto no convênio do Programa de Integração Tributária do Município com o Estado, o seminário busca incentivar as ações municipais de interesse mútuo no crescimento da arrecadação de impostos e o fortalecimento das administrações tributárias, de forma a garantir os recursos necessários para os investimentos nas demandas sociais.
Durante a programação, serão abordados temas como desafios da Receita Municipal, uso da inteligência fiscal e tecnologia, aspectos da reforma tributária, mediação tributária, educação fiscal e Nota Fiscal Gaúcha, Programa de Integração Tributária (PIT) e apresentação de trabalhos pedagógicos com a educação fiscal. O encerramento do seminário será marcado pelo sorteio da Nota Fiscal Gaúcha do mês de outubro, promovido pela Sefaz.
Em sua fala na abertura do evento, a secretária da Fazenda, Regina de Souza Hansen, destacou a importância das ações realizadas em parceria com a Secretaria da Educação que abordam o tema da educação fiscal dentro das escolas. “A gente acha que só está passando uma informação para as crianças de como o imposto vai ser gasto, de como o recurso é aplicado no nosso dia a dia, mas a gente precisa pensar que não é só isso. A criança dissemina a informação. E em todas as ações que a gente faz, não é só o fato de ensinar, a gente aprende, traz o retorno que as crianças nos trazem para melhorar o que a gente faz para a sociedade. Por isso, é tão importante ter este conhecimento na rede, esta troca entre as secretarias, porque isso faz parte da mudança que eu penso como servidora pública e que a gente faz acontecer. A gente faz parte do processo de mudança, e isso é muito gratificante”, diz.
De acordo com a secretária de Educação, Beth Colombo, a educação fiscal é ensinada nas escolas da rede municipal canoense da Educação Infantil à Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Orientamos e informamos de forma lúdica a responsabilidade que se tem não só com que é nosso, nossos recursos, nosso patrimônio, mas o patrimônio público, o patrimônio do outro. Isso é ser responsável e a responsabilidade fiscal passa por aí. Ensinamos que quando tu estás dentro de uma loja e pede uma nota fiscal tu estás contribuindo para que na tua cidade tenha melhores condições de lazer, na educação, na saúde. É isso que nós queremos que os nossos alunos compreendam e passem na sua vida diária esta prática de responsabilidade fiscal financeira consigo e com o público”, diz.
A secretária de Administração, Vanessa da Rocha, ressaltou que as ações nas escolas abordam a função social da arrecadação. “É uma forma de levar a consciência da aplicação destes recursos para os alunos de forma lúdica”, diz. A presidente da AFTEC, Elaine Cofcevicz, também destacou a necessidade do ensino da educação fiscal desde cedo como forma de prevenção à sonegação. “É um trabalho de base, fazer chegar às crianças a importância de colocar o CPF na nota, de pagar os impostos, de onde estes valores são investidos”, conta.
Professor da EMEB João de Barro, de Sapucaia do Sul, Roger Ismael Lima de Souza, foi um dos participantes do evento. Na escola onde trabalha, Souza dá aulas de educação fiscal para alunos do segundo ano do Ensino Fundamental. “A gente mostra de forma lúdica como é que são distribuídos os impostos, o que reverte o que não reverte, a importância de pedir o CPF na nota, de exigir o cupom fiscal. Para a gente é muito importante participar do segundo seminário porque a gente entende que quanto mais as crianças entenderem, mais eles disseminam para os maiores, e quanto menor, mais fácil é a aprendizagem então, é um aprendizado que eles vão levar para a vida toda e a gente espera contribuir um pouquinho com isso”.

















