Uma crise de identidade e cidadania cria “estepes políticos”

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Para quem não sabe, informamos que hoje, 15 de janeiro, Canoas deu posse ao seu primeiro Prefeito, Edgar Braga da Fontoura, em 1940, lembrando que a Aldeia se emancipou em 27 de junho de 1939.

Hoje a data é lembrada em nossa principal rua do Centro, a 15 de Janeiro, o texto de hoje é uma homenagem ao tempo que tínhamos um mandatário e Canoas era, ainda, governável.

Mas vamos ao que importa, O ESTEPE POLÍTICO!

Tenho uma “Santa Fé”, adoro caminhonetes, o carro está conosco já há dois anos. Estamos plenamente satisfeitos, nunca furei um pneu e, portanto, o estepe nunca foi utilizado.

É estranho, dia desse fui procurar o estepe para dar uma “guaribada” e não achei. Descobri que ele fica escondido embaixo do carro, não fosse meu mecânico o estepe continuaria escondido até algum infortúnio com qualquer um dos outros quatro pneus. Coitado do estepe, subjugado ao esquecimento, nunca é lembrado, a não ser quando ele passar ser a única solução.

Porque estou falando isso, afinal sou um “articulista” de política, e o que um estepe tem em relação aos assuntos que abordo?

Calma, vamos relacionar as coisas, falar dos “estepes” usados como “soluções” pela incapacidade política de algumas agremiações partidárias de Canoas, por exemplo, tem partido que tem excesso de pré-estepes, são tantos que não cabem no bagageiro da carroceria do partido. Outros, não tem ninguém e andam feito borracheiro sem capacidade pegando estepes já usados e recauchutados.

Está difícil, mas tentaremos “desenhar” as vantagens e, principalmente, as desvantagens de um espete político.

O DESTINO DO ESTEPE POLÍTICO

Na política canoense, encontramos algumas escolhas que se assemelham a um estepe esquecido em uma caminhonete. São figuras que passam despercebidas até que um problema emergencial aconteça e todos os olhares se voltem para elas. Como um grande político escolhido por um partido, esse estepe, outrora ignorado, se vê subitamente catapultado para os holofotes.

Assim como o estepe, esse político se mantém oculto na sombra de outros líderes, esperando pacientemente sua vez de brilhar. Seu nome pode ter sido mencionado em ocasiões menos relevantes, mas nunca recebeu a devida atenção do público ou da mídia.

Afinal, quem se lembra do pneu reserva quando todos os outros estão em perfeito estado?

Contudo, assim como os pneus tendem a desgastar-se com o tempo, os políticos estabelecidos também enfrentam desafios e dificuldades. Surgem escândalos, corrupção, incompetência ou mesmo uma simples perda de popularidade. É nesse momento que o estepe é finalmente lembrado.

Fico pensando, fosse um carro cidade bem cuidado, só precisaríamos de estepes em um infortúnio, pena que na Aldeia os motoristas não cuidam de seu maior patrimônio, Canoas!

No desespero pelo poder o estepe é sacado do seu esconderijo, esse político emerge das sombras, assumindo a responsabilidade de lidar com a crise. O público desencantado pode olhar para essa figura com curiosidade e esperança, na expectativa de que ele possa trazer algo diferente para a política.

No entanto, assim como o pneu reserva geralmente não possui a mesma qualidade dos outros pneus da caminhonete, essa escolha de último momento pode estar longe de ser a ideal. Sua capacidade de liderança e habilidades políticas podem ser questionadas, assim como a sua viabilidade em solucionar problemas complexos e lidar com questões delicadas.

É importante mencionar que nem sempre o estepe é sinônimo de fracasso. Alguns pneus de reserva são de excelente qualidade e podem provar sua eficiência quando necessário. Da mesma forma, o político escolhido de última hora pode surpreender a todos, mostrando-se uma figura talentosa e capaz de solucionar os problemas que afligem a Aldeia. Mas, infelizmente, pelo tempo de esquecimento e enfrentando as agruras do confinamento. Ele não estará calibrado politicamente e lhe faltará rodagem para fazer a engrenagem funcionar.

Devemos analisar com cautela a escolha do “estepe político”. A pressa em decidir pode ter consequências desastrosas, assim como a utilização de um pneu inadequado em uma caminhonete pode comprometer a segurança do veículo.

Em suma, o último político escolhido por um partido pode ser comparado ao estepe esquecido em uma caminhonete. É uma figura que permanece nas sombras até que os problemas emergenciais façam com que todos olhem para ela. No entanto, é fundamental avaliar cuidadosamente essa escolha, evitando que decisões precipitadas.

Os estepes são soluções emergenciais e momentâneas, basta olhar para a Aldeia, assim nem com “Santa Fé” se resolve.

 

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