Violência Urbana | Uma Canoas que mata por falta de segurança pública

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Estamos preocupados com a saúde do canoense, mas banalizamos os crimes. Para as autoridades as mortes são de bandidos. Então deixem que se matem, solução fácil né?

Não é bem assim, perguntem aos guardas municipais os motivos de sua revolta com o secretário de segurança da Aldeia? Alguma coisa não está em sintonia, os problemas estão latentes, para cuidar da segurança de uma cidade delicada com a nossa, é preciso conhecer os caboclos.

A cidade clama por energia e competência dos órgãos de segurança, como está não pode continuar, estamos computando quase que um crime de morte por dia, qual é a explicação para isso?

Banalizar a segurança dizendo, que é bandido matando bandido, é negar a obrigação de proteger. A população convive com a insegurança diária e à mercê da violência desenfreada da cidade mais violenta do Rio Grande do Sul.

Essa insegurança dos últimos três anos tem uma definição, é a falta de continuidade no governo, ninguém pode assumir um cargo e planejar, pois não se tem a certeza do amanhã, e sem a certeza do amanhã, não se faz o hoje, que é essencial, pois a violência tomou conta da cidade em seu todo. Vejam bem, corpos estão sendo desovados no centro da cidade, nas vilas as pessoas não saem mais nas ruas a noite com medo da guerra de facções. E para as autoridades, são apenas bandidos se matando, como é fácil simplificar e fugir da responsabilidade né?

Nessa terra sem lei, não existem anjinhos, são os bandidos e os inoperantes que nada resolvem, a população é vítima. Quem deveria estar solto, o povo, está preso e com medo em suas residências. Já os bandidos, que deveriam estar presos, estão soltos e matando.

É o preço que estamos pagando pela banalização da morte e da violência.

Enquanto se pensar, que é bandido matando bandido, estaremos varrendo a sujeira para debaixo do tapete, nada é feito, só desculpas e descontinuidade de um plano que possa, finalmente, devolver a liberdade de ir e vir. Hoje estamos reféns de uma guerra que as autoridades insistem em não ver, cegos que são.

Não conheço os responsáveis pela segurança, mas cabe a eles uma reação para enfrentar essa guerra de facções em Canoas, nesse caso não dá para transferir culpas para outras gestões, a violência vem crescente faz anos e nada é feito.

O que existe é um silêncio tão mortal como está a guerra urbana que estamos vivendo, somos reféns e os “negociadores” que poderiam nos salvar deste sequestro, ou são incapazes, ou estão negligenciando o compromisso de proteger a população de Canoas.

 

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