Coordenadoria reforça importância da rede de enfrentamento à violência após casos de feminicídio

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Os dois feminicídios registrados em Canoas pouco menos de duas semanas deixam em alerta a Coordenadoria das Mulheres, que reforça a importância da rede de apoio no município para o enfrentamento à violência de gênero. No dia 29 de outubro, um médico foi preso suspeito de matar a mulher, utilizando medicação de uso hospitalar. Nesta segunda-feira (4), um homem foi preso acusado de ter matado a ex-companheira e enterrado o corpo no pátio de casa. Dois crimes que chocaram o município, que, em 2023, não havia registrado casos de feminicídio.

Secretária especial da Coordenadoria das Mulheres, Vani Piovesan explica que a rede de enfrentamento à violência é articulada pela Coordenadoria, junto com o Centro Referência da Mulher em Situação de Violência (CRM), instituições, serviços governamentais, não governamentais e comunidade. “A rede existe desde 2009, quando foi implementada a Coordenadoria. Desde então, ela se potencializa, sendo composta por mais de 30 serviços”, explica Vani. Somente no CRM, são oferecidos cerca de 200 atendimentos por mês, incluindo consultas com psicóloga, assistente social e advogada. Uma motorista mulher é quem faz o deslocamento, quando necessário.

Vani acrescenta que é importante procurar ajuda no primeiro sinal de violência, como a Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher (DEAM), o CRM e o Disque Mulher, pelo WhatsApp (51) 99275-8146. “As violências mais comuns são física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. A rede se reúne mensalmente para promover a divulgação dos serviços e a integração no atendimento justamente para evitar desfechos trágicos como os registrados em Canoas nos últimos dias”, reitera.

Confira a rede de enfrentamento à violência contra a mulher em Canoas

– Sala Lilás do Hospital Universitário (Avenida Farroupilha, 8001)

– Delegacia de Pronto Atendimento (Rua Dr. Sezefredo Azambuja Vieira, 2.730)

– Delegacia Especializada da Mulher (Rua Humaitá, 1120)

– Centro de Referência para Mulheres em Situação de Violência (Rua Siqueira Campos, 321)

– Centro de Referência no Atendimento Infantojuvenil (Avenida Farroupilha, 8001)

– Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (Rua Ipiranga, 70)

– Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar (Rua Lenine Nequete, 60)

– Defensoria Pública (Rua Doutor Barcelos, 657)

 

Tipos de violência contra a mulher

Física: qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal.

Psicológica: qualquer conduta que cause dano emocional, diminuição da autoestima, prejudique e perturbe o desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio capaz de causar prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.

Sexual: qualquer conduta que constranja a vítima a presenciar, manter ou participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que induza a comercializar ou utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade; impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou limite ou anule o exercício dos direitos sexuais e reprodutivos.

Patrimonial: qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.

Moral: qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria
Fonte: Conselho Nacional de Justiça


Escritório de Comunicação

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