Médicos dos três hospitais de Canoas condicionam aceitar pagamento de dezembro em parcelas à quitação em dia das próximas remunerações

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A decisão foi tomada em Assembleia Geral Extraordinária na noite desta terça-feira

Os médicos dos hospitais Universitário (HU), do Nossa Senhora das Graças (HNSG) e de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) decidiram rejeitar a proposta da Prefeitura de parcelamento da remuneração de dezembro de 2024. A categoria se reuniu em Assembleia Geral Extraordinária (AGE)  na noite desta terça-feira, 18, convocada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers). Uma contraproposta será enviada à Prefeitura, aceitando o parcelamento do valor de dezembro, condicionando ao pagamento em dia das competências de 2025, incluindo os meses de janeiro e fevereiro, dentro do previsto nos contratos, e o compromisso de seguir quitando em dia nos próximos meses.

Além do presidente do Sindicato, Marcelo Matias, também participaram da assembleia o vice-presidente Felipe Vasconcelos e a diretora Alessandra Felicetti. Marcelo Matias abriu a AGE contestando o ofício enviado pela Prefeitura de Canoas. No documento, o Município afirmou, erroneamente, que havia fechado acordo para pagamento em cinco parcelas, com a primeira sendo depositada no dia 26 de março. A desinformação também foi veiculada por um jornal da cidade. Isso não é verdade e foi deixado bem claro na reunião de segunda-feira, 17, que a proposta seria avaliada em assembleia pela categoria.

Na segunda-feira, a direção do Simers havia ido a Canoas apresentar um relatório sobre o atraso nos pagamentos e as principais irregularidades encontradas em vistorias nas unidades hospitalares, postos de saúde e bases do SAMU. Após a reunião com o prefeito Airton Souza, com os secretários da Saúde e da Fazenda, Eduardo Bermudez e João Batista Portella Pereira, e representantes dos três hospitais, um Grupo de Trabalho foi criado para apresentar soluções.

Segundo a Fazenda, as dívidas com profissionais dos três hospitais, referentes a dezembro, somam mais de R$ 5,63 milhões. São R$ 1,61 milhão para os médicos que prestaram serviços em regime de Pessoa Jurídica no HU,  R$ 1,52 milhão para os do HPS e R$ 2,49 para os médicos do HNSG. E, ainda, há atrasos nas remunerações deste ano e a Prefeitura não apresentou nenhum planejamento para efetuar a quitação.

Fonte: Simers

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