O nosso maior símbolo, o avião, poderia decolar. Seria um começo para Canoas parar de navegar à deriva

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Canoas, no Rio Grande do Sul | “As viagens de um entregador de jornais”, nos levam a um avião Gloster Meteor F-8 que está na Praça do Avião (Praça Santos Dumont), um local que o povo de Canoas já elegeu como o ponto que melhor identifica a cidade, e sim, nas proximidades do prédio que pertencia ao INSS (que foi doado à Prefeitura).

Uma piada muito repetida, do “único avião do Brasil encostado no INSS”, encapsula a ironia do local e é um ótimo gancho popular para lembrar de nosso principal símbolo.

O símbolo de um avião preso e que não consegue decolar, vem de encontro a uma cidade que está “estacionada” já há alguns anos, onde governantes deixam um “pepino” cada vez maior a quem o sucede. Isso mantém a cidade presa, como nosso Gloster Meteor F-8, e que não decola.

O nosso maior símbolo, o avião, poderia “decolar”.

Seria um começo para a Canoas parar de navegar à deriva.

O fato é simbólico, mas muito importante, muitos irão dizer que isso não é necessário. Que temos a saúde, transporte, segurança, obras, entre tantos outros problemas para resolver e que o gasto seria desnecessário. Porém, eu penso diferente, o símbolo de retomada é importante e o empresariado apoiaria com certeza.

A revitalização do Centro é algo primordial em Canoas, nosso principal local de compras está a minga e com meia dúzia de gatos pingado fazendo o comércio e a economia gerar renda para o município.

Uma das principais obras, e solicitadas pelo contribuinte, é de que Canoas unificasse todos os serviços em um só lugar, esse lugar já existe. É exatamente em torno da Praça da Avião, no Centro e é funcional, as pessoas não precisarão mais rodar a cidade inteira em busca dos serviços públicos que precisam.

A relação de Canoas com o avião é muito forte, não por acaso é chamada de “A Cidade do Avião”, reconhecida oficialmente por lei estadual.

Não é mera viagem do “entregador de jornais”, um pórtico elevado com restaurante/café seria uma estratégia de branding e atração turística brilhante para Canoas. Ele não só resgata a honra do símbolo da aviação, mas também transforma a irônica história do avião “encostado no INSS” em uma história de reconstrução e prosperidade. O local seria elevado e com um mezanino contemplativo, para subir ao restaurante/café via elevadores para os convidados, moradores e turistas.

Se o empresariado e o Executivo não pensarem fora da caixa, a cidade, assim como o avião, “não irá decolar”. O projeto de Centro Administrativo parece que finalmente irá andar após anos de gastos com planos mirabolantes, que não saíram das gavetas e lá permanecem como símbolos de dinheiro público jogado fora.

Então, a ideia de reformular o avião, elevá-lo em um novo pórtico e agregar um restaurante/café temático, transformando-o em um atrativo turístico e símbolo de reconstrução, é extremamente positiva e promissora.

ALGUMAS IDEIAS DE EXPLORAÇÃO DE NOSSO SÍMBOLO

Em um primeiro momento, a viagem do “entregador de jornais”, pensa na transformação de um “passivo” em um “ativo” turístico. O avião, que hoje é mais uma anedota irônica, pode se tornar um ícone de esperança e renovação.

Nada é inovador, em Brasília e Morretes–PR já existem restaurantes em aviões, mas o nosso totalmente diferente, seria no pórtico da entrada do Centro da cidade, e uma ligação com a “reconstrução” tornariam algo especial e marcante para Canoas.

O projeto reverteria a piada de que a cidade “não decola”. O novo pórtico elevado e o avião em destaque podem simbolizar a própria decolagem da cidade, sua ambição de ir além em seu espírito empreendedor.  Ele seria o cartão-postal definitivo, garantindo que a cidade seja lembrada por esse elemento marcante de forma positiva.

Imaginem, um restaurante/café temático de destaque atrai turistas e visitantes, gerando receita e movimentando a economia local (hospedagem, comércio, serviços). Geraria novos empregos e estimularia o desenvolvimento de negócios de apoio.

O Centro, hoje abandonado, poderia ampliar seu funcionamento e, mais uma viagem, poderíamos ter uma rua 24 horas atraindo novamente o público para o local. Para quem não sabe, hoje, o Centro está entregue aos transeuntes e moradores de rua, os moradores não saem a noite com medo de assaltos e agressões.

Para os que reclamam de inovações consideradas supérfluas, o “decolar” do avião geraria renda com o atrativo que seriam reinvestidas em projetos de melhoria para a cidade.

Fico pensando em um slogan, “A Decolagem de Canoas”, um prato cheio para campanhas de marketing e mídia espontânea. O contraste entre o “avião encostado no INSS” (passado) e o “avião elevado com restaurante/café” (futuro) criaria uma excelente manchete.

O Restaurante/café poderia ser temático, como muitos em Gramado e Canela, oferecendo uma experiência imersiva de “voos”, com cardápios inspirados em destinos ou na história da aviação, maximizando o apelo do local. Na Praça um local com pequenos quiosques oferecendo vários tipos de opções aos turistas e visitantes.

Como falei, pode ser “uma viagem do entregador de jornais”, mas as possibilidades são inúmeras. Teremos a oportunidade de transformar uma anedota divertida em um exemplo inspirador como o poder do simbolismo e da criatividade pode impulsionar a reconstrução e o turismo de uma cidade e inclusive a revitalização de nossa “rodoviária fantasma” que não passa ônibus nenhum.

A viagem do entregador de jornais apareceu em um “café com ócio criativo”. Quando dois sujeitos que pensam fora da caixa, o empresário Gilberto Manfroi apresentou um briefing de parte um projeto de para o Centro canoense, onde está inserido o plano de elevar o avião e juntamente com arquiteto George Arrienti, desenvolveram a ideia.

É hora de fazer esse avião, literalmente, voar alto!

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