Justamente na data em que lembramos o Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher, abri o site de notícias G1 e li a seguinte matéria:
Mulher atacada a golpes de martelo e que teve o corpo incendiado morre no Rio de Janeiro. Natasha Maria de Albuquerque estava internada desde o dia 22 de setembro, quando foi atacada pelo ex-cunhado. Neste brutal ataque, ainda duas crianças de 4 e 5 anos também morreram. A minha solidariedade a toda essa família.
Barbara Penna
Esse triste fato me fez lembrar de algo muito semelhante que ocorreu no Rio Grande do Sul.
Em 2013, em Porto Alegre, Barbara Penna, na época com 19 anos, foi espancada dentro de seu apartamento. O agressor, o ex-marido, jogou álcool na jovem e ateou fogo antes de jogá-la pela janela do terceiro andar do prédio onde morava. Os dois filhos do casal, uma menina de dois anos e um menino de três meses, morreram asfixiados. Durante o incêndio, um vizinho também morreu por asfixia. Barbara ficou quatro meses no hospital e enfrentou mais de duzentas cirurgias. Felizmente sobreviveu.
Uma década depois da tragédia, Barbara luta para que o combate à violência contra a mulher seja mais efetiva no Brasil. Para isso, criou um abaixo-assinado reivindicando uma série de mudanças na Lei da Maria da Penha que, em seu ponto de vista, não protege as vítimas de maneira eficaz.
A Barbara, a quem quero prestar uma homenagem pela sua história de luta e superação, é primeira suplente de deputada estadual pelo União Brasil no Rio Grande do Sul e uma das principais vozes da luta contra a violência à mulher no país.
Neste Outubro Rosa estamos de olho na saúde física das mulheres, mas precisamos também ter atenção à saúde psicológica, e a segurança de vocês, mulheres.
A Lei Maria da Penha existe para que práticas de prevenção à violência contra a mulher sejam postas em ação, mas de nada adianta uma lei se ela não for objetiva.
Enquanto Prefeito de Canoas, em parceria com o Poder Judiciário e com a iniciativa privada, desenvolvemos e implementamos o Programa Por Mim, cujo objetivo era promover a autonomia financeira de mulheres que sofrem violência doméstica, dando assim mais oportunidade para inseri-las no mercado de trabalho.
Como parlamentar, apoio veementemente ações que reforcem a aplicação da Lei Maria da Penha, como a proposta de reformulação da Lei, criada pela Barbara Penna.
Semana passada a Barbara me disse algo muito importante e por isso estou aqui neste artigo fazendo com que o seu recado seja espalhado por todos os cantos deste país: “Precisamos falar sobre o assunto o ano inteiro, todos os dias, para coibir os atos trágicos que podem ser evitados.”
Essa luta tem que ser permanente! Contem comigo neste luta!
Luiz Carlos Busato
Deputado Federal União Brasil