Tragédias, como as enchentes no Rio Grande do Sul, assustam e causam comoção quando de seu acontecimento. Porém, os desdobramentos de longo prazo acabam ficando invisíveis aos olhos do grande público e até mesmo das autoridades.
Para dar luz às gravíssimas consequências das enchentes no sistema educacional gaúcho, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados criou um grupo de trabalho dedicado especialmente à matéria. Trata-se da Subcomissão Especial para Acompanhar os Impactos da Tragédia Ambiental Sobre a Comunidade Educacional do Rio Grande do Sul, presidido pela deputada gaúcha Franciane Bayer (Republicanos).
“Os impactos das chuvas de maio de 2024 seguem sendo sentidos em nossas escolas, e assim será por muito tempo. Os relatos que temos são assustadores. Nas cidades do interior, por exemplo, a questão é a evasão, pois muitas famílias tiveram de se mudar, o que reduziu drasticamente o número de alunos. Já em Porto Alegre e Região, o maior problema é a infrequência dos alunos, além dos estragos nas estruturas escolares”, avalia a parlamentar.
Ao lado da relatora da Subcomissão (Fernanda Melchionna, PSOL), a presidente Franciane Bayer conduzirá os trabalhos de uma audiência pública nesta sexta-feira, 22 de novembro, às 9h30min, na Sala de Convergência da Assembleia Legislativa do RS, em Porto Alegre. Com a participação de autoridades, especialistas e lideranças da área, o evento debaterá os impactos sofridos na área educacional no Estado e as ações de recuperação.
Entre as presenças confirmadas, há representantes do próprio legislativo gaúcho, da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), do Conselho Estadual de Educação, do Conselho Municipal de Educação de Porto Alegre e do Ministério da Educação. “Será uma grande oportunidade para dialogarmos sobre estratégias que exigem urgentemente a recuperação do sistema educacional gaúcho diante das dificuldades impostas pela tragédia. A união de esforços é fundamental para superar esse momento e garantirmos o futuro dos nossos jovens e crianças”, ressalta Franciane.