Base Aérea de Canoas (Baco) foi autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) a dobrar o número de voos diários. Mesmo assim, estaria longe dos mais de 140 voos que vinham sendo feitos, em média por dia, no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, fechado por prazo indeterminado devido a impactos da inundação. Mas qualquer voo a mais é fundamental. A operação temporária começou em 27 de maio.
Até o fim da tarde desta quinta-feira, as três companhias que já operam na Baco ainda não haviam definido novos voos. Hoje, a Baco tem cinco frequências por dia, que somam 10 viagens entre pousos e decolagens. O número saltará para 10 frequências diárias. A Anac ressalta, em nota, que a disponibilidade do novo fluxo deve ser acertada entre as companhias aéreas e a concessionária do Salgado Filho, que é responsável também pelo fluxo que agora ocorre em Canoas.
A reportagem questionou Azul, Gol e Latam, as três que já estão voando por Canoas, sobre a maior oferta, e as três disseram que não têm ainda definição sobre a ampliação de voos. A Azul chegou a divulgar, em maio, que teria um novo voo em junho.
Os embarques e desembarques ocorrem no ParkShopping Canoas, em área montada com balcões de check-in das aéreas e processamento de raio-x. O transporte dos passageiros e das bagagens é feito por ônibus fretado entre o shopping e a base aérea.
A agência deu sinal verde para colocar mais dois slots (horários de chegada e partida de voos) nesta semana e outros três na próxima semana. Com isso, serão 70 frequências semanais ou 140 entre pousos e decolagens.
“As providências estão sendo adotadas no sentido de ampliar gradativamente o número de voos no aeródromo (Canoas)”, comenta a Anac, em nota.
Para aumentar ainda mais o fluxo na cidade vizinha a Porto Alegre, será necessário ativar a operação noturna. A agência diz, na nota, que analisa a ampliação para o horário noturno na Baco. Neste caso, a liberação dependerá da instalação de equipamentos para auxiliar a navegação dos pilotos.
A disponibilidade está sendo vista entre a Fraport e Aeronáutica, responsável pela pista de Canoas.
Fonte: Jornal do Comércio/RS