É triste ver os falsos alarmistas políticos que espalham menos esperança. As chuvas voltaram, desta vez a população e as autoridades estavam atentas. Foram mais de 60 milímetros de chuvas constantes, poucos pontos de alagamentos, apesar do grande acúmulo de entulhos nas ruas dos bairros afetados pelas enchentes de maio.

Ontem, pela primeira vez estive em Porto Alegre desde as enchentes de maio, dei uma volta no 4º Distrito, o que já era decadente e estava se reerguendo, terá que encontrar forças para um novo ressurgir. Ainda bem que existem projetos, como o Instituto Caldeira, que irão manter a chama acesa para um, possível, sonho que já vinha sendo revelado para a Capital, força para os moradores e empresários que acreditam em melhoras de qualidade de vida e, infelizmente, momentaneamente interrompidos pela enchente que nos assolou.

O motivo de minha ida à Capital foi um almoço de aniversário, os restaurantes antigos e que gosto já estão atendendo os clientes, é muito bom ver a reconstrução e a força daqueles empresários.

Olhei com um certo ciúmes para força de gente que faz e lembrei de Canoas, tomada pela política que deseja o mal, vejo alguns, que querem o caos e criticam de tudo e a todos, só eles estão certos. Mas nada fazem, trazem até enxeridos de fora para palpitar, contratam pintores de plaquinhas, passeiam com seus lindos carros mostrando o flagelo de quem sofreu com as enchentes e tudo perdeu, são “surfistas” e “turistas” de tragédias.

Um conselho, se não for para ajudar, faça como eu, não desça nas vilas. Acolha alguém, ofereça roupas, assim, como eu e muitos fizeram. Tudo isso no silêncio da empatia e irmanado com as pessoas que já não tem mais nada, quem faz o bem não precisa de propaganda.

Se quiser aparecer, não é ajuda, é oportunismo.

É importante dizer isso, ontem alguém das muitas pessoas que me cumprimentaram pela passagem de meu aniversário, quis me elogiar e disse: você é uma voz lúcida em meio à loucura.

Claro que fiquei feliz, mas não concordo com o elogio, eu também entrei na loucura coletiva que tomou conta da cidade, é normal em uma tragédia se procurar culpados e julgar o tempo inteiro. Mas por um momento parei e pensei, se nada fiz, posso fazer.

Uma decisão foi tomada, iria apresentar apenas serviços no Notícias da Aldeia, trazer informações que dessem um caminho para as sofridas pessoas e, assim, o fiz.

Procurei me manter, apesar de adorar, longe da política neste triste capítulo de nossa querida Canoas.

Mas o que seria uma voz lúcida em meio à loucura?

Então, deveria ser o que todos precisariam fazer, como desempenhar papéis cruciais em situações, principalmente não ser negativo. Não propagar situações de caos, conflito, confusão ou desordem. O importante seria, trazer clareza, racionalidade e equilíbrio para o nosso ambiente conturbado.

Acho que mais que lúcida, a palavra deveria ser a sensatez, acompanhada da sabedoria e da serenidade. Tudo isso para contrastar com a agitação, a irracionalidade e a instabilidade que insistem em estar presentes nesse momento trágico que estamos vivendo.

Uma voz lúcida tem o poder de comunicar ideias de forma clara, coerente e racional, ajudando a dissipar a confusão e a desordem presentes em situações caóticas como a nossa. Em meio à loucura e ao tumulto. Uma voz lúcida pode transmitir calma, serenidade e equilíbrio, ajudando a acalmar os ânimos e a promover a reflexão e a ponderação. Pode, também, oferecer uma perspectiva crítica construtiva sobre a situação, identificando problemas, propondo soluções e incentivando a colaboração e a resolução dos problemas causados pela enchente.

Deveríamos estar inspirando confiança nas pessoas, não com falsos alarmes que só causam o caos, as lideranças devem motivar a ação positiva em momentos de crise, orientando as pessoas na direção certa e promovendo a cooperação e a unidade.

Outra ação importante é a resistência à loucura que alguns tentam colocar em meio ao caos, é preciso resistir à irracionalidade, à manipulação e à desinformação, defendendo a verdade, os valores éticos e a integridade.

É isso, amigo, estou longe de ser uma voz lúcida em meio à loucura, apenas escolhi um modo de agir, eu quero contribuir positivamente, com sensatez, lucidez e clareza. Quero informar e colaborar para a resolução dos problemas e para a promoção do bem-estar e da harmonia em meio à turbulência.

PENSAMENTO DO DIA

A presença de vozes lúcidas e ponderadas é fundamental para garantir a estabilidade e a racionalidade em momentos de crise e incerteza.