Calma, querido leitor, não escrevi errado, foi proposital. É “estória” mesmo, ela é uma opção na hora de usar narrativas imaginárias, poderia usar “história”, ela se aplica para ambos os casos, quer seja realidade ou ficção. Optei por “estória” por achar ser o mais apropriado e porque também me remete aos tempos de juventude, quem não lembra dos termos: “bah tchê, não me conta estória”, “ihhhh, lá vem ele com estorinhas”, “tu é um baita estoriador” e “sai pra lá com tuas estorinhas, vai contar pra outro”.
Em todos os ditados de minha juventude tem algo em comum, é alguém tentando de aplicar uma narrativa fictícia ou ludibriando alguém com meias verdades, para não dizer, contando uma mentira.
São com “estórias” ou conto da carochinha que tenho convivido no meio político. Tem de tudo um pouco, o que não falta é “contador”, cai quem quer nesse papinho dos senhores dos Jogos Vorazes Canoenses.
Quem viu a saga dos Jogos Vorazes sabe bem o que é o jogo do poder. Poderíamos remeter Canoas para Panem, a capital que controla os 12 reinos, em nome da unificação do poder os soberanos pegam jovens, conhecidos como tributos (em Canoas seriam os eleitores), para competir em um evento (aqui seriam as eleições). O evento, onde garotos e garotas duelam até a morte, é visto por todos os cidadãos. São meros joguetes em nome da manutenção do poder a qualquer preço.
Aqui não é diferente, essa é nossa ficção, nosso imaginário ou nossa “estória”, escolham como quiserem. Assim como nos Jogos Vorazes, não existe oposição ao mau governo para salvar o povo. Todos que viram a saga, sabem como termina o último episódio. Onde a grande oposicionista se mostra igual ao poderoso que oprimia os 12 distritos e acaba morta pela heroína da saga.
“Bah tchê, contei o final da estória”!
Calma! É uma série, nunca acaba, então a “estória” não tem final e também não é feliz. Com a morte dos dois vilões, quem assume é uma “terceira via”, que foi a que arquitetou todo o plano para eliminar os “pseudos vilões”. Mas não se enganem, a solução de terceira via também é cheia de “estorinhas nebulosas”.
Não existem anjos nos Jogos Vorazes Canoenses, existem, sim, “joguetes”, eles são as grandes vítimas do jogo do poder. São os que são usados em nome do “vil metal”. Quem mais tem, compra os jogadores e conta a melhor “estorinha” para a população.
Portanto, é hora de acordar, os Jogos Vorazes Canoenses começaram, estamos em ano eleitoral. Escolheremos os “Cavaleiros da Távola Redonda”, a nossa Câmara de Vereadores, que mais parece um legislativo medieval de tão pouca renovação que temos. Tem gente que completará um século de mandato, nada contra, desde que legislasse com afinco e assertividade na fiscalização do governo.
Também teremos a disputa principal, o pleito para o grande líder do reino do “Yellow City Hall”, será escolhido o novo Alcaide. Por enquanto o que se apresenta é uma disputa sem oposição, visto que os dois postulantes ao cargo se elegeram juntos no pleito passado.
A “estória” conta que eles viraram inimigos políticos e agora competem pela unificação dos “12 distritos”. Imaginem quanto essa briga tem causado de retrocesso para Canoas, a cidade parou assistindo as preliminares dos “Jogos Vorazes Canoenses”, governar é o que menos importa. O importante é o embarque e o desembarque na rodoviária chamada de “Paço Municipal”. O custo do jogo de poder tem levado a cidade a uma derrocada catastrófica.
Mas a “estória” dos Jogos Vorazes Canoenses ainda não apresentou a terceira via, será que ela existe?
Como falamos acima, cuidem com uma terceira via, ela pode vir em pele de cordeiro, mas em nossa “estória”, até agora só apareceram lobos. É preciso ter muito cuidado, já estamos vendo gente que se apresentava como solução indo pedir bexiga no Paço, assim, como negociam também com a oposição.
Em terras de Jogo Vorazes Canoenses, é bom entrar de perneiras, pois as cobras estão alertas.
Que comecem os Jogos!
2 Respostas
Jairo Jorge, Nedy e Felipe Martini: 50 tons de Jairo Jorge concorrendo. Não importa quem ganhe, no dia seguinte estarão todos abraçados. Com Busato ao lado.
Nesse culto não tem santo, nesse puteiro não tem virgem e o mais trouxa dá rasteira em cobra…
E nós??????