Tudo começou na segunda-feira (3), após as manifestações populares, em sessão da semana passada, os vereadores Eric Douglas (União Brasil), Leandrinho (PRD), Marcio Freitas (PRD), Juares Hoy (Progressistas), Abmael (PL) e Airton Souza (PL) e Jonas Dalagna (Progressistas) assinaram o requerimento para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra os atos do prefeito Jairo Jorge durante as enchentes. O governo diz que não irá se manifestar sobre o fato, pois o foco está no trabalho e em recuperar a cidade da tragédia das águas.

Mas, na prática, o governo, que parecia derrotado com a instalação da CPI, está agindo sim. O primeiro ato foi causar a discórdia na definição da composição dos membros da comissão da CPI instalada, os vereadores da base governistas apontam a necessidade de proporcionalidade entre os partidos, ou seja, uma composição composta por 13 membros, onde bancadas de partidos bancadas com mais de um parlamentar poderão indicar um único membro. Já a oposição quer que se siga a Lei Orgânica do Município, que diz que a comissão deva ter apenas sete (7) membros.

Impasse posto, e sem nada ficar definido, foi realizada reunião com representantes de cada bancada para definir o número de membros para a comissão. Sem nenhuma das partes arredar o pé de suas convicções, foi marcada outra reunião para hoje (5), às 16 horas. O objetivo é chegar na sessão de amanhã com as coisas definidas e, finalmente, concluir os membros da comissão e prosseguir com a CPI das enchentes.

Porém, fala-se nos corredores, que a oposição entre na justiça através do Ministério Público, para que se cumpra o que diz Lei Orgânica do Município. Eles alegam que os parlamentares da base não têm direito de participar da comissão devido à recusa massiva da abertura da CPI e que parte dos parlamentares não poderá participar da comissão diante da indicação de apenas um parlamentar por bancada. Por sua vez, a base governista ressalta a importância de equilíbrio e isonomia na composição. O fato é que com essa composição dos 13 partidos participação da comissão, o governo sai em vantagem com oito (8) governistas contra cinco (5) oposicionistas nos trabalhos da CPI da Enchente.

Será uma longa jornada, como se a cidade já não tivesse tantas tragédias, a primeira sessão já demostrou como será essa CPI, vereadores mudaram o formato da sessão presencial para on-line, isso por tempo indeterminado, a razão alegada é a falta de segurança que as manifestações populares poderiam causar.

No decorrer da sessão, além de demonstrar inabilidade dos parlamentares com os equipamentos de internet, tivemos os debates acalorados e indiretas de um parlamentar para o outro, onde nada se resolvia. A sessão mais parecia um debate eleitoral e tom de campanha para 2024.

 EDIS, SUAS AGREMIAÇÕES E DÚVIDAS QUE FICAM NO “AR”

Mas, enfim, a abertura da CPI foi oficializada na manhã de ontem (4), com a assinatura mínima de sete vereadores da casa. Porém, fala-se que o vereador Adriano Agita Samba já teria aderido à oposição, o que deve causar um desconforto, pois o edil é do Avante, partido da base do governo. O que será feito pelos líderes da agremiação?

Esse impasse também está ocorrendo no PRD, a presidente da agremiação Simone Sabin e os vereadores Márcio Freitas e Leandrinho já não tem o mesmo discurso.

Existem também dúvidas sobre o União Brasil, o vereador Eric Douglas está com a oposição na CPI, mas o que pensa a direção do partido em relação a isso?

Essas respostas, além da CPI da Enchente, irão definir o quadro político para o pleito de 2024, será que teremos uma nova candidatura surgindo?

São tantas perguntas né?