Em maio de 2024 ocorreram chuvas torrenciais que deixaram um rastro de dor e morte em um Estado conhecido pela sua resiliência e força: o Rio Grande do Sul. Foram 2.339.508 pessoas afetadas, 581.633 pessoas desalojadas e 72.561 pessoas em abrigos, segundo o Governo do Estado. Em meio a este cenário de dor e destruição, surge a força do Instituto Mulher em Construção (IMEC), que tem sido um verdadeiro agente de transformação e esperança para as mulheres que perderam tudo nas águas da tragédia.

No dia 06 de maio (terça-feira) Nathália Arcuri, jornalista, empreendedora social e fundadora do portal Me Poupe, se junta à fundadora do IMEC, Bia Kern, para visitar o Projeto Regenera RS. Na época das enchentes, Nathália usou o seu alcance para promover uma campanha de arrecadação que apoiou o IMEC para iniciar um projeto emergencial com o intuito de capacitar mulheres para que pudessem, não só reconstruir suas próprias casas, como também aprender técnicas de construção civil e contribuir com a reconstrução do estado do Rio Grande o Sul. A visita será marcada por um dia de atividades intensas,
incluindo a participação em um aulão de ferramentas e a entrega de certificados para alunas do Regenera RS, programa que oferece capacitação gratuita para mulheres das áreas afetadas pela enchente. Ao longo do dia, Nathália também conhecerá de perto histórias de superação de uma das alunas do programa.
O Regenera RS foi desenvolvido pelo Instituto Mulher em Construção, em parceria com a Universidade La Salle, onde foi montado o primeiro Centro de Capacitação Emergencial do IMEC. O projeto é uma resposta emergencial que se tornou permanente, visando capacitar mulheres em técnicas de construção civil e oferecer suporte emocional e social. A iniciativa proporcionou 548 capacitações, e garantiu a formação de 443 mulheres, das quais 320 foram diretamente afetadas pelas enchentes, Elas aprenderam, na prática, a construir e reformar suas próprias casas, utilizando o conhecimento adquirido em cursos de elétrica, pintura, reparos e mais. Além disso, muitas delas se tornaram protagonistas na reconstrução de suas comunidades, transformando a tragédia em uma oportunidade de recomeço.

História de superação
A Belmara Beatriz Marilack, tem 38 anos, mora na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, e foi uma das vítimas das enchentes no Estado. A casa dela foi praticamente submersa nas águas e, por 29 dias, só dava para ver o telhado. Foram dias de muita angústia. O prejuízo foi tão grande que precisou reformar toda a casa. E a ideia foi ela mesma colocar a mão na massa. A estudante de Psicologia procurou o Projeto Regenera RS, em Canoas, para aprender sobre construção civil:
“Foi um desafio no início! Fiz o curso de argamassa e steel frame e depois em seguida já comecei a colocar em prática. Até me emociono cada vez que faço um reparo em minha casa”. O Projeto Regenera RS fez tanta diferença na vida dela que, o que não sabe fazer, as colegas de curso ajudam.

Belmara e o marido se dedicam à reconstrução da casa nos finais de semana. Já conseguiram reformar dois quartos, mas ainda há muito trabalho pela frente. Eles contam com o apoio das alunas do IMEC, que fizeram o curso junto com Belmara e continuam participando de outras formações no instituto.

O Instituto Mulher em Construção segue firme em sua missão de empoderar mulheres em situações de vulnerabilidade social, proporcionando não apenas capacitação profissional, mas também suporte emocional, oferecendo uma nova perspectiva de vida para aquelas que mais precisam.