Canoas foi uma das cidades mais atingidas pelas enchentes de maio de 2024, o lado oeste da cidade ficou embaixo d’água por mais de 45 dias, 150 mil moradores foram atingidos pelas águas e tiveram que abandonar suas residências por meses.
Um ano depois da fatídica data, grupos se organizaram para pressionar as autoridades e alertar para não acontecer uma nova catástrofe coma a de maio passada.
Um desses grupos é o Movimento SOS Fátima e Rio Branco eles estiveram no Paço Municipal entregando demandas à Prefeitura de Canoas.
Na terça-feira (29), o vice-prefeito Rodrigo Busato recebeu os representantes do movimento SOS Fátima e Rio Branco para tratar do andamento das obras do dique da Rio Branco e do Muro da Cassol. A pauta foi motivada por questionamentos que circulam nas redes sociais sobre o contrato da obra e os materiais utilizados na estrutura.
O vice-prefeito Rodrigo Busato reforça diálogo com lideranças comunitárias sobre o dique da Rio Branco e o Muro da Cassol e destaca a necessidade de cobrar celeridade da vinda de recursos estaduais.
Durante o encontro no Paço Municipal, os moradores oficializaram a entrega de um documento com as principais demandas do grupo. Busato reiterou o compromisso da gestão com a transparência.
“A Prefeitura de Canoas está fazendo a sua parte. As obras seguem em ritmo intenso, com responsabilidade e compromisso com a cidade. Agora, é fundamental que o governo do Estado cumpra o seu papel e libere os recursos prometidos. A população tem o direito de cobrar celeridade nesse repasse”, destacou o vice-prefeito.
A advogada Claudia Burlet, integrante do movimento, afirmou que as portas do diálogo com o governo municipal sempre estiveram abertas e que nunca faltaram dados técnicos quando solicitados. “Sempre fomos recebidos e recebemos explicações dos engenheiros da Prefeitura”, afirmou.
O grupo de moradores se colocou à disposição para colaborar nesse esforço coletivo e manter o caráter apartidário do movimento. A gestão municipal reforçou que seguirá aberta ao diálogo direto com a comunidade, garantindo que as obras avancem com transparência e participação popular.
MANIFESTAÇÃO PARA SOLUÇÕES SEM ESQUECER DA TRAGÉDIA DAS ÁGUAS
Além de estar sempre vigilantes e procurando as autoridades para agilização das obras de proteção da cidade, o SOS Fátima e Rio Branco estará organizando uma grande manifestação popular, no dia 3 de maio de 2025, das 16h às 18h, na Avenida Irineu Carvalho Braga 2781, em frente à escola Paulo VI.
O ato servirá para lembrar as enchentes e pedir soluções imediatas para a proteção do lado oeste da cidade. Conforme os organizadores, assim como na enchente, onde os resgates e o apoio, partiram da sociedade civil, neste dia, a comunidade se reunirá com um único objetivo: celebrar o recomeço!
Eles fazem questão de lembrar que, “ainda que muitos moradores não tenham voltado para suas casas, sua luta é para dar perspectivas de que as coisas venham a acontecer, culminando com a esperança da reconstrução total de seus lares”.
O foco está em dias melhores que ainda estão por vir. A manifestação irá lembrar as autoridades e a população que obras precisam ser concluídas. Principalmente as proteções contra as cheias como: os diques, a micro e macrodrenagem e a adequação das casas de bomba.
Os organizadores enfatizam que os recursos estão retidos pelo Governo Federal e Estadual, e que sua luta e protestos são pela liberação dos mesmos. O principal foco do protesto é pressionar as autoridades a forçarem para que o governador Eduardo Leite faça com urgência o repasse desta verba ao município. Para isso, contaram com o apoio dos empresários da comunidade e elaboraram faixas pretas, que simbolizam o luto.
Eles alertam, “para lembrar a tragédia estaremos fixando as faixas em passarelas e viadutos da Av. Guilherme Schell, incluindo o trecho entre o Viaduto da Mauá e a Estação Fátima”.
Desta forma, com a pressão popular, os moradores acreditam que poderão ter a paz e o sossego que precisam, para finalmente dormirem tranquilos nos dias de chuva em Canoas.