No dia 29 de dezembro, saberemos se a Távola Redonda é formada por um bloco de mármore ou por um castelo de cartas. Para o grupo dos 11, a pergunta é clara: a força do grupo é tão resistente quanto a lealdade?
Como diz a velha máxima do poder: quem tem 11, tem tudo; quem perde 1, perde tudo.
A eleição da mesa diretora não marcará apenas uma data no calendário legislativo, mas o teste de fogo para a palavra empenhada na “Távola Redonda”. Com 21 Cavaleiros sentados à mesa, a matemática é fria e implacável: 11 é o número mágico. É a maioria mínima, o fiel da balança que detém o poder absoluto de decidir quem empunhará o martelo da presidência.
O “Grupo dos 11” já mostrou sua força ao garantir a primeira mesa para 2025. Agora, o desafio é a sucessão para 2026. Se o pacto for de aço, ele ditará o ritmo da casa até 2028. Se for de vidro, o dia 29 será o som do estilhaço.

Diante dos votos e das articulações de bastidores, desenham-se apenas dois destinos possíveis para esta Távola:
A Consagração do Pacto (O Cenário da Lealdade)
Neste cenário, a política é feita de pragmatismo e honra. O “Grupo dos 11” entende que sua força reside unicamente na sua união. Eles sabem que, isolados, são vulneráveis, mas juntos, são o poder legislativo de fato.
Caberá ao “Grupo dos 11”, provar que o acordo não se quebra, o grupo projeta poder para 2026, 2027 e 2028, obrigando o reino e a minoria a negociarem sob as regras ditadas por esses 11.
Com isso, o acordo firmado lá atrás é respeitado sem ressalvas, o nome escolhido para 2026 é eleito pelos 11 votos, ignorando as investidas ou o “canto da sereia” dos outros 10 cavaleiros, que não seria uma oposição, mas sim um grupo fora do acordo, visto que estão todos juntos e misturados em prol do reino.
A eleição se torna apenas uma mera formalidade para legitimar o que já foi decidido no “fechamento” do grupo.

O Cisma (O Cenário da Traição)
Porém, na política, e já aconteceu em anos anteriores, os personagens adoram o vácuo e detestam a calmaria.
O problema de uma maioria de 11 em uma casa de 21 é que não existe margem de erro. Basta que um único cavaleiro mude de lado, insatisfeito com a escolha do nome para 2026 ou seduzido por uma oferta melhor da minoria, para que o castelo desmorone.
Pensem, e se nos corredores, o grupo dos 10 (a minoria) joga todas as suas fichas para converter apenas um voto. A promessa de presidência ou vantagens futuras é oferecida a um elo mais fraco, ou descontente dos 11.
Imaginem, se o dia 29 traz a surpresa. Um voto vira, o placar se inverte, e o candidato do pacto é derrotado. O acordo para 2026 rui, e com ele, a confiança para 2027 e 2028.
A Távola entra em convulsão. O grupo que parecia sólido se dissolve em acusações mútuas. Instala-se um novo ciclo de instabilidade, onde a presidência se torna moeda de troca a cada biênio, sem garantia de continuidade.
Mas não se preocupem, o texto é somente ficção, são as viagens do colunista Qualquer Quente, que só quer colocar uma pulga atrás das orelhas dos nobres Cavaleiros.


















