Com a criação da União Progressista, uma federação partidária, anunciada na última terça-feira (29), os partidos unidos terão a maior bancada na Câmara de Vereadores de Canoas, igual ao PSD.

Serão quatro vereadores, dois do União Brasil e dois do Progressista, são eles: ERIC DOUGLAS (União Brasil), DARIO SILVEIRA (União Brasil), JONAS DALAGNA (Progressista) e JUARES HOY (Progressista).

Perguntamos a cada um o que pensam sobre a fusão das agremiações, veja o que disseram:

ERIC DOUGLAS (União Brasil)

“A criação da Federação União Progressista, fruto da união entre o União Brasil e o Progressistas (PP), representa um marco político de grande relevância para Canoas e para todo o país. Em nossa cidade, essa aliança nos posiciona como a maior bancada na Câmara de Vereadores, conferindo-nos ainda mais responsabilidade e protagonismo no debate e na construção de políticas públicas eficazes para a população.

Essa fusão vai além de números e estatísticas, ela simboliza o fortalecimento de um projeto político comprometido com o desenvolvimento, a eficiência na gestão e a valorização dos princípios democráticos. Com a união das forças, ganhamos mais representatividade, estrutura e capacidade de articulação institucional, ampliando nossa voz nas decisões locais e estaduais.

Como vereador mais votado e presidente da Câmara Municipal de Canoas, recebo essa nova fase com entusiasmo e compromisso. Estaremos ainda mais preparados para dialogar com a sociedade, propor soluções concretas e consolidar uma agenda que reflita os anseios da nossa gente. A Federação União Progressista é, sem dúvida, um passo firme rumo a um futuro mais integrado, forte e promissor para Canoas e para o Rio Grande do Sul”.

DARIO SILVEIRA (União Brasil)

“Creio que toda união é salutar, ainda mais duas siglas alinhadas ideologicamente que se completam nas individualidades. Uma grande bancada em todas as esferas certamente resulta em força política e mais possibilidades para nossa cidade. Motivados com a força da união, seguimos firmes na busca de boas políticas”.

JONAS DALAGNA (Progressista)

“O Progressistas, por si só, já detém uma expressiva capilaridade no estado, sendo atualmente o partido com maior presença no Rio Grande do Sul: são 164 prefeitos, 1.300 vereadores, além de três deputados federais, sete estaduais e um senador. Com esse histórico de protagonismo, é natural que as lideranças progressistas assumam o comando da federação no território gaúcho, garantindo continuidade à linha política e estratégica construída nos últimos anos.

No município de Canoas, a federação União Progressistas já se traduz em um bloco robusto de quatro vereadores: Eric Douglas e Dário, ambos oriundos do União Brasil, Jonas Dalagna e Juares Hoy , representantes do PP. Essa nova composição amplia o peso político do grupo na Câmara Municipal, especialmente por contar com o atual presidente da Casa, o vereador Eric Douglas.

Entretanto, a criação da federação não se limita a rearranjos internos, ela impacta diretamente nas dinâmicas eleitorais locais. A nominata para o Legislativo municipal, que antes poderia ser composta por 22 candidatos de cada partido, agora será restrita a 22 nomes da Federação União Progressistas. Isso exige uma reestruturação interna e pode gerar migração de pré-candidatos para outras legendas, diante da disputa pelo espaço na chapa proporcional e das exigências do quociente eleitoral.

Desde minha entrada no Progressistas, tenho demonstrado empenho em expandir a presença do partido na região metropolitana, buscando e construindo ampliar o diálogo com lideranças de outros municípios, trabalho estratégico para o crescimento político do PP, que historicamente possui maior força na região sul do estado. A federação abre novas possibilidades para consolidar lideranças metropolitanas e ampliar a presença da sigla nos grandes centros urbanos.

No plano estadual, a expectativa é que o União Progressistas desempenhe um papel central nas articulações para 2026, sendo o fiel da balança na disputa pelo governo do Estado. Já no cenário municipal, a tendência é que a federação apresente uma candidatura competitiva ao Executivo em 2028.

Como vereador, estou atento a esse novo cenário e coloco meu nome à disposição para contribuir com esse projeto coletivo, enquanto sigo com meu trabalho legislativo voltado às demandas da população canoense”.

JUARES HOY (Progressista)

“Preciso analisar com calma e ver essa questão da fusão. Não vejo com bons olhos essas negociações de caciques”.

SAIBA MAIS SOBRE A SUPERFEDERAÇÃO

Denominada como uma superfederação, com maior bancada na Câmara e quase 1,4 mil prefeitos foi batizada de União Progressista, aliança terá maior número de deputados e prefeitos, receberão as maiores fatias de recursos públicos para financiamento de campanhas eleitorais e pagamento de despesas partidárias.

A aliança deve ser registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos próximos meses, com validade já a partir de 2026.

O QUE SÃO AS FEDERAÇÕES

Federações partidárias são um modelo de aliança que une duas ou mais siglas. As legendas passam a atuar como uma só por no mínimo quatro anos, embora cada uma mantenha sua estrutura partidária. Deve haver alinhamento no Congresso e nas eleições.

OS NÚMEROS DA FUSÃO

A “superfederação”, como tem sido chamada por lideranças de outros partidos, teria direito a receber a maior fatia, entre os 29 partidos registrados pelo TSE, do fundo público de financiamento de campanhas.

Levando em conta os valores distribuídos em 2024, uma eventual federação entre PP e União faria jus a quase R$ 1 bilhão em recursos públicos.

União Progressista em números:

• 109 deputados federais— maior bancada na Câmara dos Deputados
• 14 senadores— empatando com as maiores bancadas dentro do Senado (PL e PSD)
• quase 1,4 mil prefeitos em todo o país— maior número de prefeituras, superando o PSD (889)
• seis governadores— à frente de todos os outros partidos
• R$ 953,8 milhões em fundo eleitoral (números de 2024)— maior fatia da distribuição e R$ 67 milhões a mais do que o segundo colocado, o PL
• R$ 197,6 milhões em fundo partidário (números de 2024)— maior volume de recursos, superando o PL