Canoas muito mais turismo

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Em 2018 foi concedido ao município de Canoas através do governo federal, o selo ” Mais Turismo”, um certificado que visa valorizar projetos de infraestrutura turísticas no âmbito municipal.

Juntamente com Canoas, também foram agraciadas, as cidades de Gramado e Canela.

Considerando o histórico das duas cidades da serra gaúcha no setor turístico, pode-se avaliar a importância deste certificado, porém, é preciso salientar que Canoas está muito aquém de ser comparado turisticamente com esses dois municípios.

Conforme o Ministério do Turismo para uma estrutura básica no setor, é necessário um investimento no sistema de transportes, acessibilidades nas locomoções, nas comunicações e nos serviços urbanos, além disso, um suporte com uma rede hoteleira, postos de informações, espaços gastronômicos e de entretenimento.

Diante disso, surgem os questionamentos, como o município de Canoas chega nesse patamar agraciado e o que foi realizado depois desta concessão no que diz respeito ao turismo.

Então, Canoas atrai turistas?

 Nesse segmento, uma opção seria o turismo cultural, baseado em roteiros históricos dentro dos campos da história local, da arquitetura, da cultura e do meio ambiente.

O roteiro histórico principal, parte da relação da história local, relacionada com a arquitetura das primeiras construções da cidade.

Mediar sobre os patrimônios históricos tombados do município, demonstra sua relação com a preservação de sua história. Destaca-se nesse sentido, as três praças da área central, a da Bandeira, como primeira praça, sendo palco dos primeiros movimentos pró emancipatórios, e somando a Praça Emancipação e Santos Dumont, cada uma com sua devida importância e suas narrativas em seu conjunto de monumentos.

Os oitos patrimônios históricos tombados, Igreja Matriz São Luiz Gonzaga, com sua arquitetura gótica, tendo em sua história a disputa de sua localização, a Villa Johana, residência de um dos principais educadores do Brasil, Villa Mimosa, uma das primeiras construções da localidade, e residência de uma família que influenciou o desenvolvimento da cidade, a Casa Witrock, local onde surgiu um dos primeiros hotéis, no período da cidade veraneio, a Casa dos Rosa,  talvez o imóvel mais antigo do município, a Antiga Estação de Trem, por ser por muito tempo o portão de entrada da cidade, a Antiga Prefeitura, com sua arquitetura e história política e a Villa Nênê, mais afastado da área central, narra a história de um lado da cidade, que disputa por muito tempo o centro administrativo.

Para um roteiro mais afastado, a Rua Araçá até a rua Brasil está em uma zona de interesse cultural pela importância arquitetônica de alguns imóveis inventariados ainda existentes.

Dentro do campo do turismo ecológico, a Fazenda Guajuviras conta a história do espaço que serviu de suporte para um grande empresário da capital, a Fonte Dona Josefina, como ponto de paragem dos tropeiros que circulavam pelo Passo da Aldeia dos Anjos, o Arroio Araçá, citado nas literaturas locais, servindo de limites para as terras dos primeiros herdeiros da Fazenda Gravataí e a Praia do Paquetá e sua região ribeirinha com seus pescadores e culturas locais.

Agrega-se nesses roteiros os monumentos já citados em texto anterior.

Todos esses locais necessitam de infraestrutura adequada para receber os turistas, alguns abandonados, outros com obras paradas devido a burocracia administrativa, monumentos e praças sem a manutenção devida.

Quanto a estrutura básica mencionada pelo Ministério do Turismo, no que diz respeito ao sistema de transporte, acessibilidade e serviços urbanos, como Canoas se apresenta?

 

Então, Canoas poderá atrair turistas?

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